Em contrapartida, o parlamentar expôs a situação da unidade de internamento eletivo do HGF, localizada próxima ao prédio principal, que conta com bons profissionais, boa estrutura e condições ideais para receber os pacientes, “mas estes precisam esperar muito tempo numa fila para conseguir uma internação”. “É como comparar as duas situações ao céu e ao inferno, só que há uma fila para entrar no céu na qual você pode esperar por até dois anos”, ilustrou.
Ele criticou também a construção do Mirante de Fortaleza, por parte do governador Cid Gomes, sugerindo que se use o recurso dessa obra para melhorar as condições dos hospitais públicos. “Sem dúvida, nosso Governo é bom em infraestrutura, mas construir não é a parte difícil, e sim manter essas estruturas”, avaliou.
Sobre a gravidade da situação do HGF, ele informou que as macas espalhadas pelo hospital ficam praticamente “coladas” umas nas outras, “quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é uma distância mínima de dois metros”. Ele disse ainda que as macas são tantas que “já estão chegando à rua”.
Ele reconheceu que nunca se fez tanto pela saúde pública quanto no Governo atual, “mas também nunca vimos seres humanos em situações tão humilhantes como agora”.
Em aparte, o deputado Hermínio Resende (PSL) ressaltou que não adianta apenas conseguir mais leitos; “tem que ver a questão dos honorários dos hospitais também”. Ele explicou que “os hospitais recebem menos que o ideal para o tratamento de cada paciente, deixando todos em situação como a que se encontra o HGF”.
PE/CG