Para Eliane, há a necessidade de se investir em obras físicas que amenizem o pesado fluxo do trânsito de Fortaleza, favorecendo a mobilidade urbana da cidade, “mas também sabemos como o Parque do Cocó e o rio Cocó têm sido alvos de graves e constantes agressões”. Ela informou que 40% da área total do Parque já foi tomada por construções. “Essa obra é agressão a uma área de interesse de toda população de Fortaleza, por isso é preciso medir bem os seus impactos”, avaliou.
A parlamentar observou que é preciso saber “se estes impactos são reversíveis do ponto de vista do equilíbrio ecológico da Cidade, tendo em vista que o rio, o manguezal e a vegetação do parque têm influência direta no controle de enchentes, na erosão e na vida costeira da Capital, que também se encontra em grande parte poluída”.
Conforme explicou, o seu mandato “quer estudar bem este assunto para que possamos nos posicionar”. Ela lembrou que, pelo mesmo motivo, havia dado entrada em um requerimento solicitando a visita do secretário de infraestrutura à Assembleia para apresentar ao Parlamento o projeto da ponte e todos os seus impactos, não apenas ambientais, mas os impactos positivos para que possamos mensurar a viabilidade do projeto.
Conforme observou Eliane, é muito preocupante a notícia de que a Câmara Municipal de Fortaleza aprovou, ontem, por 24 votos a seis, pedido de urgência para a mensagem do prefeito Roberto Cláudio que integra a futura ponte estaiada sobre o rio Cocó ao Sistema Viário Básico de Transporte do Município.
“Essa ponte ainda está em forma de projeto, não possuindo sequer licenciamento ambiental nem licitação para a obra. Precisamos discutir com calma e profundamente, pois os impactos que a obra causará, em todos os sentidos, serão grandes”, pontuou.
PE/CG