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Quarta, 20 Fevereiro 2013 07:09

"Ódio se combate com amor e o perdão"

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  Ninguém tira a felicidade que vivo hoje... Deus me mostrou que escuridão, se combate com a luz, liberdade e transparência. Mostrou-me que o ódio, se combate com amor, e o rancor, com perdão”, disse o deputado Carlomano Marques (PMDB), ontem, ao retomar as atividades na Assembleia Legislativa. O parlamentar está afastado há dois meses do parlamento, após ter tido seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), acusado de compra de votos, tendo agora, o direito de manter o mandato, após uma liminar emitida pelo TSE, na última quinta-feira. Beijando o púlpito, afirmou que “a tribuna era a sua vida”. Durante o pronunciamento que durou quase duas horas, o parlamentar explanou sua defesa e afirmou que ele e sua irmã, Magaly Marques (PMDB), “são inocentes”. Segundo o parlamentar, está sendo acusado injustamente por “má fé”, ou por “ignorância” pela imprensa cearense. “Eu estou respondendo injustamente por captação ilícita, como é que eu comprei votos?”, indagou, alegando ainda que, o que aconteceu em seu comitê “não teve objetivo eleitoral” e sim “um ato médico” realizado por sua irmã. “O que aconteceu é que Magaly é minha cabo eleitoral, e eu sou dela também. Ela organiza o comitê e faz reuniões. Por 13 vezes consecutivas, nos elegemos. Quando o fato aconteceu, eu estava no Aracati, em uma audiência pública, quando ela foi ao meu comitê, que funcionava na casa do meu pai. Quando um rapaz chegou lá, afirmando que estava com dor na mão e no ombro, por ser digitador. Ela foi para a ação médica, fez as perguntas, medicou, deu o atestado médico a pedido do paciente e encaminhou para o especialista. Depois de tudo isso, ele indagou de quem era o retrato de quem estava na parede, ela, respondeu: É meu irmão. Então, não se configura capacitação ilícita de votos”, defendeu o parlamentar. Segundo Carlomano, a gravação apresentada como prova no processo, não é considerada válida, por ser “ilícita”, em razão de que não tinha autorização judicial. E, salientou, que até hoje, na história do STF e no STE, nenhuma prova ilícita foi aceita em processo civil e penal. “Se você prepara e forja uma prova, para levar a um delito, para a Justiça ela é considerada um fruto contaminado, porque foi preparada e forjada”, explicou. BRASÍLIASobre o julgamento, o parlamentar afirmou que irá, hoje, a Brasília, para pedir que mérito seja ajuizado o mais rápido possível. “É algo incômodo, ser inocente, estando no sétimo mandado na casa do povo, onde todo mundo me conhece e eu ficar pendurado em uma liminar, quando eu tenho certeza que no mérito é que vou ganhar mesmo. Porque não é que eu esteja sendo soberbo, e nem queria estar fazendo reparo à conduta e à inteligência jurídica de ninguém, eu estou me baseando simplesmente na história, até hoje, nenhum caso que o TSE ou Supremo, nenhum caso de matéria criminal ou cível, foi aceito uma prova clandestina, ilegítima, ou ilícita. Eu vou a Brasília, vou na banca dos advogados, vou dizer das minhas angústias, da minha ansiedade, porque depois de sete mandatos, você ficar aqui na Assembleia, pendurado em uma liminar, é muito humilhante”. De acordo com o parlamentar, o problema será colocar sua pauta à frente de outras questões que são mais importantes, mas segundo ele, “o resultado, sem soberba nenhuma, será por unanimidade”. Sobre a persistência do TRE-CE em ir à frente do caso, cassando o mandato de Carlomano, o parlamentar respondeu ressaltando uma passagem bíblica, “não julgueis para ser julgado. Não vou fazer nenhuma presunção. Eu fui julgado e condenado por presunção. (Por Rochana Lyvian, da Redação)
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