Ele defendeu uma mobilização da AL, articulada com deputados federais e estudiosos, para tornar o Geoparque um ícone do Cariri e impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região. Na avaliação do deputado, o potencial turístico é enorme uma vez que naquela porção do Cariri a religiosidade já atrai milhares de visitantes a cada ano. Além disso, ressaltou, o turismo científico é uma atividade sustentável e responsável.
De acordo com o parlamentar, a região abriga a principal jazida de fósseis cretáceos do Brasil e a maior concentração de vestígios de pterossauros do mundo, além de 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade estimada entre 70 milhões e 120 milhões de anos. “Desde setembro de 2006, está integrado na Rede Mundial de Geoparques, reconhecido pela Unesco como sede de patrimônio geológico e paleontológico importante. É o único geoparque das Américas”, destacou.
O parlamentar lembrou ainda que, com o geoparque Araripe, o Brasil possibilitou a criação, em 2010, da Rede Latinoamericana e Caribenha de Geoparks, integrada à Rede Global de Geoparks, complementando a Rede Europeia, criada em 2000, e a rede Ásia-Pacífico, de 2007. “Graças a esse projeto piloto do Brasil, o continente americano integra-se nessa iniciativa mundial apoiada pela Unesco para que, através dos geoparques, os cinco bilhões de anos de história da Terra estejam a serviço do amanhã”, disse.
Dedé Teixeira sugeriu ainda a criação de uma marca para os produtos do território do geoparque baseada num conjunto de especificações de qualidade e a abertura de cursos de formação de paleontólogos.
MM/AT