De acordo com o parlamentar, o objetivo desses encontros é construir uma narrativa própria do PT e seus militantes sobre a chegada àPresidência da República e as mudanças nos 10 anos. Dedé informou que a Editora Fundação Perseu Abramo (EFPA) também vai lançar, no início de fevereiro, quando o PT comemora 33 anos, o livro “Um salto para o futuro: Como o governo Lula colocou o Brasil na rota do Desenvolvimento”, de autoria de Luiz Dulci. Ele foi ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República no governo Lula (de 2003 a 2010) e presidiu a Fundação Perseu Abramo, de 1996 a 2003.
Para lastrear seu pronunciamento sobre os 10 anos do Governo petista, Dedé citou estudo do Ipea. “A pesquisa mostra que a queda da desigualdade se acelerou em 2012 e as rendas seguem em forte alta, segundo informam as famílias brasileiras, que se declaram altamente satisfeitas. O Ipea aplicou, em outubro, perguntas padronizadas de questionários internacionais em 3.800 domicílios e confirmou o alto grau de felicidade prevalecente no País”, assinalou.
O petista destacou que a pesquisa indica o Brasil em 16º lugar em felicidade de sua gente, entre 147 países pesquisados no Gallup World Poll. Os padrões de vida estão mais sustentáveis do que antes, não só por causa do aumento da renda individual do trabalho, mas também pela sua estabilidade, conforme o Ipea.
O deputado frisou ainda que o bem-estar percebido em 2012 encontra razões na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registra desemprego nos menores níveis da série iniciada em 2002 e rendas crescendo bem mais que o PIB per capita. “A renda individual média da população de 15 a 60 anos de idade subiu 4,89% de 2011 para 2012, diante da taxa média de 4,35% ao ano entre 2003 e 2012”.
Quanto à redução das diferenças sociais, Dedé observou que a desigualdade de renda domiciliar per capita caiu em 2012. Segundo a PME, isso ocorreu a uma velocidade 40,5% maior que a observada de 2003 a 2011, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também do IBGE. “As rendas que mais crescem são as dos mais pobres e as de grupos tradicionalmente excluídos, como mulheres, negros e analfabetos”, frisou.
Fazendo um contraponto, o parlamentar explicou que nem tudo é dinheiro. “Embora pobre, a região mais feliz do país é o Nordeste, com nota média de 7,38. Se fosse um país, o Nordeste estaria em 9º lugar no ranking global, entre a Finlândia e a Bélgica. As médias das demais regiões são 7,37 no Centro-Oeste; 7,2 no Sul; 7,13 no Norte e 6,68 no Sudeste”, adiantou.
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