A região possui um grande potencial, pois é onde estão localizados importantes equipamentos culturais, como o Theatro José Alencar, Cineteatro São Luiz, Centro Dragão do Mar, igrejas históricas e outros, que poderiam ser mais bem explorados, muito além do horário comercial, de acordo com Acrísio Sena. “Se considerarmos o centro estendido, que vai até o Centro Dragão do Mar, temos ali cerca de 90% dos equipamentos culturais da cidade. Isso é de um potencial imenso”, destacou.
O deputado mencionou um relatório lançado em 2012, pela Câmara Municipal de Fortaleza, quando a Casa era presidida por ele, mostrando que, à época, a cidade era uma das com maior densidade demográfica do País - quase oito mil habitantes por quilômetro quadrado -, uma população de 2,4 milhões de habitantes e que hoje está estimada em 2,8 milhões de moradores. “Fortaleza tinha o 15° maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, hoje somos o maior do Nordeste. Tínhamos cerca de 100 comunidades precárias e hoje temos 509. Temos a segunda cidade mais procurada por turistas no Brasil. A cidade mudou, e precisamos pensar no Centro com habitação, com moradia, cultura permanente. Temos que resgatar nossa memória, nossa história”, afirmou.
Acrísio Sena sugeriu tirar os restaurantes do Mercado São Sebastião da parte interna do equipamento para criar uma autonomia do setor, que poderia funcionar em um horário diferente dos demais. “Isso faz com que possamos ir no final da tarde e à noite, para poder comer uma panelada, uma buchada, tripa e todas aquelas comidas tão regionais. Temos que fazer esse redesenho da cidade”, pontuou.
A atuação do Fórum Viva Centro, que tinha como intuito resgatar a referência histórica, social, cultural e econômica do Centro de Fortaleza, também foi lembrada pelo parlamentar. Foram pensados, segundo ele, pontos estruturantes, como habitação, cultura, mobilidade e acessibilidade e segurança. “Se você tiver a oportunidade de estudar um pouco dos centros históricos de grandes cidades do mundo, há uma conjunção de três pontos importantes: comércio, cultura e o povo habitando. Temos que pensar isso tudo para Fortaleza.”
GS/AT