Segundo o parlamentar, o Ministério Público do Trabalho vem recebendo diversas denúncias de trabalhadores relatando pressões em seus ambientes de trabalho para votar em determinado candidato a presidente da República.
"São patrões do setor privado que têm descaradamente assediado trabalhadores no interior das empresas, o que é uma ilegalidade flagrante, um abuso, um crime", apontou Renato Roseno.
De acordo com o parlamentar, dados do Ministério Público do Trabalho registram um aumento de quase 10 vezes nas denúncias de assédio eleitoral, entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais. "Você que é vítima de assédio eleitoral no seu trabalho, denuncie no MP de maneira anônima ou nos procure, que nós fazemos a denúncia", reforçou.
Na avaliação do deputado, o patrão que ameaça de demissão um empregado que não vota como a empresa pensa está ameaçando a própria instituição do voto secreto no País. "Isso é crime e quem o faz tem que ser preso. Aqueles que querem interferir na liberdade de escolha do cidadão precisam ser denunciados, porque estão fazendo uma prática abusiva", salientou.
Renato Roseno ressaltou ainda que, desde 1994, a inflação no País não era tão alta quanto hoje, representada pela maior alta de alimentos desde então. "O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e o maior exportador de carnes. Não era para termos tantas pessoas passando fome, em insegurança alimentar ou convivendo com a caristia dos alimentos", ressaltou.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PP) demonstrou preocupação com as denúncias de assédio eleitoral. "Isso reflete o clima de acirramento e hostilidade que estamos vendo nas eleições. As pessoas têm todo o direito, e até o dever, de denunciar esses casos, pois influenciam a liberdade de escolha dos seus votos, que é o instrumento mais sagrado da democracia", pontuou.
RG/AT