De acordo com o parlamentar, o crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) não reflete a realidade da população cearense, em especial na capital do Estado. “Nós temos um paradoxo chamado riqueza e pobreza; toda cidade luta para ser rica. Fortaleza é a cidade mais rica do Ceará economicamente, mas tem uma legião de cidadãos e cidadãs que vivem na pobreza e na miséria. Fortaleza e a Região Metropolitana do Ceará têm 4 milhões de pessoas e, destas, um milhão e 500 mil vivendo na linha de pobreza. Isso é um atestado de fracasso”, desabafou.
Heitor Férrer destacou que a maioria da população cearense está inserida na pobreza. “Há quantos anos se fala em mudança no Ceará, em um estado que tem 9,5 milhões de pessoas? Nós temos 5 milhões e 100 mil na pobreza. Qual o sentido de um PIB elevado, de um Estado que mais arrecada, mas esse exemplo não se materializa em políticas públicas?”, lamentou.
O deputado ainda criticou a espera da população nos hospitais públicos cearenses. “Os cearenses estão morrendo nos corredores dos nossos hospitais. Essas pessoas cujas famílias sequer têm condições de processar o Estado. Não adianta as manchetes de jornais trazerem mudança, o cidadão tem que tomar conhecimento a cada dia que essas mudanças não chegaram na casa das pessoas pobres”.
Heitor Férrer também parabenizou os agentes comunitários de saúde presentes na sessão de hoje. Ele lembrou que está em tramitação na Alece o projeto de lei 109/22, que implementa, no âmbito do Poder Executivo Estadual, o piso salarial estabelecido para os agentes comunitários de saúde do Ceará. “Vocês fizeram por onde ter os direitos reconhecidos, inclusive a retroatividade. Vocês, que suavizam o sofrimento das pessoas no Ceará, podem contar com o nosso mandato”.
JI/LF