O parlamentar relatou sua visita ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e ao Hospital de Messejana, ressaltando a eficiência em seus procedimentos, mas lamentando a sua insuficiência. “São hospitais com os melhores servidores, que formam novos profissionais, mas que estão superlotados de pacientes em seus corredores aguardando vagas para enfermaria ou leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, apontou.
Somente visitando esses grandes hospitais, segundo Heitor, é possível entender a situação emergencial desses pacientes. “Quando visitamos esses hospitais é que temos noção de tamanho sofrimento. Pessoas sentadas há dias numa cadeira, sem o atendimento que precisa e tem direito. Precisamos mais uma vez contratar leitos na rede privada. Não é uma novidade. Já liberamos R$ 100 milhões para zerar as filas de cirurgia no Estado no governo Cid e no de Camilo. Se somos o Estado que mais arrecada e mais investe, onde está isso?”, questionou.
O deputado alertou ainda o Ministério Público Estadual, Federal e o Tribunal de Contas que existem “cearenses morrendo em corredores nos hospitais estaduais”. “Isso não pode continuar. A paciência do povo tem limite, e o sofrimento desses profissionais também. É uma condenação oficial de morte”, assinalou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou que, apesar de o Ceará ser referência em transplantes e outros procedimentos, o corte dos investimentos para saúde por parte da União impacta de forma crítica o atendimento da saúde pública. “O corte na saúde tem sido violento, jogando responsabilidade toda ao Estado e municípios. Reconheço que precisamos de mais investimento, mas a grande irresponsabilidade desse País é da federação. Ela desrespeita a saúde pública. E sem recurso não se faz gestão. Enquanto os países mais pobres investem 6% em saúde, o Brasil investe 3,5%”, comparou.
Já o deputado Soldado Noelio (União) disse que não se pode tapar o sol com a peneira. “O Ceará gastou R$ 1 bilhão com propaganda, enquanto o povo agoniza em cadeiras nos hospitais. Ele observou que do concurso para seis mil vagas da Funsaúde, chamaram pouco mais de 300 aprovados. Onde está esse investimento?”, pontuou.
LA/AT