De acordo com o parlamentar, ele chegou a propor a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Alece para investigar a denúncia, mas sem êxito. Já em 2011, o deputado formalizou a denúncia ao Ministério Público do Ceará, no entanto, o processo está parado na Justiça Federal. “Estamos com um processo no Judiciário desde 2014. São oito anos que o processo que denunciei no Ministério Público, sobre o esquema de enriquecimento ilícito, que tinha seu patrono Arialdo Pinho e um de seus operadores, está sem definição até hoje”, afirmou.
Conforme Heitor Férrer, os servidores fizeram empréstimos “a juros exorbitantes”, um prejuízo de cerca de R$ 106 milhões; e, segundo depoimento de um dos investigados, a prática rendia, em 2012, aproximadamente R$ 2 milhões por mês. O deputado ressaltou que, de acordo com a Polícia Federal, o patrimônio do empresário acusado, saltou de R$ 2 milhões para R$ 49 milhões, em 2019. “A impunidade vai continuar?
O deputado questionou ainda a decisão de uma desembargadora que impediu a quebra do sigilo bancário dos envolvidos e, segundo ele, não tem como investigar desvio de dinheiro público sem a quebra do sigilo. “O servidor público é quem foi prejudicado. Se configurou crime federal, contra o sistema financeiro brasileiro, e isso não pode ficar sem investigação. Queremos celeridade para que a sociedade saiba como foi feito esse esquema e quem são os responsáveis”, reiterou. GS/AT