A virada de mesa de Cid Gomes estava sendo aguardada há algum tempo. É direito de sobrevivência diante da candidatura natimorta de Elmano Freitas buscar socorro. E só Lula poderia ajudá-lo no encaminhamento de uma alternativa, substituto que colocasse no rol dos nomes preferenciais o deputado Nélson Martins e Camilo Santana, ambos petistas consagrados pela cúria do Palácio da Abolição. São nomes com maior histórico no partido e mais conhecidos, para se submeterem à avaliação do eleitorado. O governador não aceita o “poste” da prefeita por uma razão fundamentalmente objetiva: Elmano Freitas não tem carisma nem estofo para eleger-se prefeito da quinta capital do País. No máximo, chegaria a vereador. Luizianne pisou em falso nas suas avaliações e apostou errado perdendo substância e tempo com Valdemir Catanho, e por último, evidenciou o desespero do seu grupo, trazendo um desconhecido para a disputa eleitoral desprezando Artur Bruno e Acrisio Sena, opções melhores do que a sua escolha. Amparado pelo inseparável amigo, José Guimarães, petista que teria conspirado a seu favor, o governador Cid Gomes bateu à porta de quem manda no Partido dos Trabalhadores levando números de pesquisas que desaconselhavam a candidatura do Sr. Elmano Freitas. A persistência de Luizianne para além do puro e simples episódio da lógica eleitoral, não deverá prevalecer como aconteceu na sua primeira eleição, quando tornou-se candidata contra tudo e contra todos. Insistir nessa rota seria uma ameaça à consolidação do projeto do PT para Fortaleza, cujas avaliações não o favoreceram e abrem auspiciosas perspectivas para as candidaturas de Inácio Arruda, Moroni Torgan, Marcos Cals e Heitor Férrer, ótimas promessas para garantir a eleição democrática que todos nós desejamos.