O médico psiquiatra e acupunturista Agamenon Honório afirmou que também é favorável a internação compulsória. Conforme entende, o viciado em substâncias como o crack perde totalmente a capacidade de discernimento e a única forma de se fazer uma terapia eficiente é internando o doente. Ele observou que algumas famílias em desespero chegam a acorrentar o viciado, porque ele já perdeu completamente a capacidade de decidir se afastar das drogas.
O deputado Fernando Hugo (PSDB), também médico, apoia a internação compulsória de dependente químico, mas com autorização assinada por dois familiares. Segundo ele, uma autorização subscrita só por um dos familiares poderia acarretar em problemas sociais futuros.
Para o deputado Paulo Facó (PTdoB), tratar de um dependente químico se assemelha, muitas vezes, a episódios de remoção de uma comunidade em área de risco de deslizamentos. “Há casos em que não realizar a remoção pode provocar mortes de muitas pessoas e deve ocorrer, mesmo que alguns ofereçam resistência à medida. É assim também com um usuário de drogas pesadas, que mesmo pondo a sua vida em risco e com a vontade própria totalmente comprometida, prefere não fazer um tratamento. Nesses casos, é preciso realizar a internação compulsória”, afirmou Facó. JS/AT