Muito bem, agora, temos o que fazer • Pelo menos eu, que pretendo jogar fora um bocado de gravata demodê, camisas puídas nas mangas e nas golas, sapatos com calcanhares inadequados à idade do usuário, por fim, tirar o ranço das zangas do ano passado e correr pra loteria do futuro, apostar todas as fichas na esperança de trabalhar direito, em paz, com a seriedade de sempre, pelo menos no quesito não vender notícia, não vender espaço, não vender a alma; jornalista pode vender o carro e ficar de-a-pé, vender a casa e morar de aluguel, perder a mulher e sair pela aí mendigando carinho, mas vender a alma e perder a dignidade é coisa feia, muito feia. Então,…