O deputado Dedé Teixeira (PT) comemorou, ontem, durante pronunciamento na Assembleia, o dado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apontou um crescimento de 172% no volume de recursos gastos pelo Governo Federal nas políticas sociais. Para ele, essa é uma boa notícia, pois alega que o Governo está erradicando a extrema pobreza através desses programas sociais.
O deputado disse que o resultado da pesquisa foi publicado em matéria do Diário do Nordeste, o qual informou que o levantamento realizado pelo Ipea foi feito no período de 1995 a 2010. Em 16 anos, os recursos aplicados nas políticas passou de R$ 234 bilhões em 1995 para R$ 638,5 bilhões em 2010.
Cidadania
De acordo com Dedé Teixeira, programas como o Bolsa Família garantem cidadania àquelas pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, com R$ 70,00 por mês. Ele avalia que esse tipo de política combate diretamente a pobreza e, se esse ritmo de crescimento apontado pelo Ipea continuar, ressalta, o Brasil pode erradicar a extrema pobreza até 2014.
Mesmo agora, em época de seca, observa o deputado, os agricultores têm condições de colocar comida na mesa, graças, segundo ele, aos programas sociais como Bolsa Família e o Seguro Safra. Por isso, pontua, não existem mais saques, algo comum em ano de estiagem.
Questionado sobre os casos de pessoas que, apesar de não estarem enquadradas no perfil desses programas sociais, recebem os benefícios, Dedé Teixeira entende que isso é "mínimo" diante do alcance dessa política social. O caso mais recente é de denúncias de que a esposa do vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB) estava recebendo dinheiro do Bolsa Família.
Dedé Teixeira acredita que casos como esse ocorrem porque o cadastro das pessoas a serem beneficiadas pelos programas é de responsabilidade dos municípios, que, a seu ver, muitas vezes não faz o levantamento devido da renda de cada família. "O município não faz isso bem feito, se fizesse o alcance seria ainda maior", pontua.
Apesar desses problemas, Dedé destaca que os programas sociais já conseguiram atingir 12 milhões de famílias de baixa renda no Brasil e, a partir dessas bolsas, avalia, houve crescimento do comércio em bairros e comunidades. Isso gerou, conforme disse, maior circulação de renda nos municípios, o que colaborou para a economia do País.