O PT não querer que o ex-presidente Lula apóie candidato de outro partido mesmo que seja da base da presidente Dilma Rousseff é um grande equívoco, porque não existiria Lula sem os partidos que o apoiaram quando ele, por duas vezes, candidatou-se a Presidência da República. A observação, em tom de reclamação, é do senador Inácio Arruda, candidato do PCdoB à Prefeitura de Fortaleza. O parlamentar reconhece que o PT só deve apoiar os seus candidatos, mas querer obrigar que os petistas não tenham liberdade no pleito municipal é um verdadeiro absurdo e “coisa de quem está temeroso em perder a eleição”. Inácio lembra a quem interessar que quando foi candidato à Prefeitura em 2004, o PT tinha candidato, no caso, Luizianne Lins, e o ex-presidente Lula prestou apoio ao comunista, porque o PCdoB pertencia à base do governo federal. Inácio lembra ainda que quando Lula foi ameaçado de ser derrubado do poder, logo que explodiu o mensalão, o seu próprio partido, o PT, queria, na época, escolher outro candidato. O parlamentar informa que foram os partidos da base, entre os quais o PC do B, que deram sustentação ao então presidente Lula, que foi mantido no poder e conseguiu, por isso, fazer um bom governo. Apoio do povão“Com ou sem apoio do Lula eu vou seguir em frente na disputa da chefia da Capital, porque tenho um trunfo muito grande que é o apoio do povão”, dispara o postulante comunista, que foi à Brasília participar do esforço concentrado do Senado para votar diversas Medidas Provisórias. Ele observou que o PCdoB tem obrigação de apoiar a sua candidatura, mas reconhece que filiados do partido devem ter liberdade para apoiar quem bem quiser.O comunista observa que é duro participar de uma disputa que tem competidores com apoio de duas máquinas pesadas como são a estadual e a municipal, apoiando as candidaturas, respectivamente, de Roberto Cláudio (PSB) e de Elmano de Freitas (PT), mas assegura que vai continuar a luta para chegar ao segundo turno, e garante que vai existir, porque são dez postulantes que vão dividir os votos. Ele, que continua em segundo lugar nas pesquisas, perdendo apenas para Moroni Torgan (DEM), assegura que essa boa posição não lhe garante o segundo turno e que, por isso, vai continuar lutando para não sair da disputa. O candidato reconhece que a campanha gratuita de rádio e televisão ajuda muito aos candidatos, mas observa que o seu modo de visitar as pessoas nas suas residências, como faz agora, é muito mais convincente.