Ciumeira e possessividade
Quando adversários, críticos e cientistas políticos acusam o PT de possessivo e centralizador e, logo são tachados de “inimigos da democracia” e outros qualificativos. Quando aliados no Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, que, com fidelidade canina, disseram “amém” a quase tudo o que o Planalto deseja, tentam chegar às prefeituras, são tratados como inimigos, e, como tal, tentando afastar deles a presidente Dilma, como se estes fossem portadores de males contagiosos. Nesse sentido, o PT tentou, junto à Justiça, proibir candidatos do PSB, seus mais leais aliados, usarem o nome e a imagem da presidente Dilma em suas propagandas, em Belo Horizonte e Recife. A Justiça barrou essa pretensão. Quanto aos parceiros do PT no Ceará, eles estejam preparados, pois poderão ser os próximos alvos dessa condenável atitude. Quando a presidente esquiva-se de dar exclusividade a campanhas petistas, quer dar a entender que um governo, para ter segurança quanto à sua base política congressual, terá que respeitar todos os componentes dessa estrutura. Admira o socialista Roberto Cláudio ainda não ter sido impedido de citar Dilma em sua propaganda, o mesmo ocorrendo com o comunista Inácio Arruda e outros. Quando Dilma esquiva-se de campanhas fratricidas, é porque entende que, tomando partido apenas do PT, corre o sério risco de ver minada a sua sólida bancada, onde estão situados cerca de 220 deputados do PSB, PMDB, PP, PDT, PCdoB, PTB e outros. Até porque Dilma não é Lula.