Retorno à barbárie
A cidade de Fortaleza, vive, nas últimas horas, momentos de apreensão, diante das alarmantes notícias de violência contra candidatos às próximas eleições. E não estamos falando das eleições do interior, mas da civilizada capital do Estado, famosa como uma das mais politizadas do País. Como exemplo, o deputado Fernando Hugo, candidato a vice-prefeito na chapa de Marcos Cals (PSDB), queixa-se às autoridades policiais e da SSPDS, de ameaças à sua vida. Na madrugada de ontem, a vereadora Toinha Rocha (PSOL), viu a sua Auto-Escola Cidade alvejada por uma rajada de balas. Isso, depois de ela ter denunciado atos ilícitos da esposa do vereador Leonelzinho (PTdoB). Uma inacreditável “coincidência”. Têm assim, as autoridades eleitorais e policiais, motivos de sobra para assumir atitudes mais rigorosas em relação ao bairro-distrito de Messejana, onde a disputa por votos e poder, reduz aquela bucólica e agradável localidade a mais um ninho de intrigas e violência, que pode ter desdobramentos funestos. Tais episódios, envolvendo personalidades de destaque do nosso mundo político, só servem para criar um clima de mais apreensão para uma população já “engradada” em seus lares, escritórios, estabelecimentos comerciais, escolas e até em templos religiosos, ante as ameaças de bandidos de todas as espécies. Políticos, que fazem da violência a sua força para chegarem ao poder, rivalizam-se com desordeiros e pistoleiros. Sem uma ação rápida dos poderes constituídos, corremos o risco de retornar à barbárie das eleições em que Rabelo e Accioly, ganhavam eleições apoiados em seus seus jagunços armados.
• Sem tapeações. A deputada Patrícia Saboya (PDT), adverte: candidato que pensar em tapear eleitor com promessas impraticáveis, vai “dançar”, pois o povo, segundo ela, “não é mais tolo”.