Deputados federais cearenses também defendem a manutenção do BNB. Em evento na Assembleia Legislativa, na semana passada, o deputado federal José Airton (PT-CE) destacou que, apesar de divergências políticas, há um esforço grande da bancada nordestina na Câmara Federal em defesa da região. “Há uma unidade. Tem divergências, mas, quando se trata de interesses do Ceará e do desenvolvimento regional, as forças políticas têm se unido”, ressaltou.
O deputado federal Mauro Filho (PDT-CE) frisou que “não é nenhum favor preservar o Banco do Nordeste”. Segundo ele, o órgão fomentou importantes alicerces para a economia nordestina e brasileira. “O BNB gera ou mantém cerca de 1,4 milhões de empregos, em uma época em que o volume de desempregados aumentou no Brasil e se inverteram os índices de trabalhadores com empregos formais e carteira assinada com os de trabalhadores com empregos informais e sem carteira assinada – estando esses últimos em maior número atualmente”, disse.
O BNB, ainda de acordo com Mauro Filho, deu oportunidade aos microempreendedores, sendo, dessa forma, um agente de combate à pobreza. “E ainda, com todas essas funções, o BNB consegue ser um exemplo de gestão e ainda gerar lucro”, disse.
O deputado federal Dr. Jaziel (PR/CE) também ressaltou a importância do banco e pontuou que, apesar de ser simpático politicamente e ter votado no grupo que hoje governa o País, não concorda com a medida proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Heitor Freire (PSL/CE) afirmou que o BNB não será privatizado e lembrou que o presidente da República sempre disse que o órgão que for estratégico para o Brasil não será privatizado. “Nem Banco do Brasil, nem Caixa Econômica e nem o Banco do Nordeste”, assegurou.
O parlamentar afirmou também que irá defender o banco caso isso venha a se confirmar. Segundo ele, o índice de inadimplência dos pequenos empreendedores é muito baixo, e o dos grandes, muito alto. “E os pequenos mal conseguem ter acesso a esse crédito, devido à burocracia. Isso, sim, deve acabar”, avaliou.