O deputado Welington Landim (PSB) levou ontem para a tribuna da Casa Legislativa, o requerimento de sua autoria propondo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar os serviços prestados pelas operadoras de telefonia móvel no Ceará. Segundo Welington, “não dá mais para aguentar o que as telefonias estão fazendo com os consumidores cearenses, e a Casa, não pode ficar inerte sobre as altas tarifas e os graves problemas e a má qualidade na prestação de serviços”.
Para que o departamento legislativo protocole o requerimento e em seguida envie para a Presidência da Casa, o parlamentar necessita no mínimo de 12 assinaturas. Contudo, na manhã de ontem, o parlamentar já contava com 15, mas resolveu esperar para realizá-lo na manhã de hoje, com o intuito de recolher mais assinaturas.
Segundo o socialista, há três anos vai ao parlamento denunciar as explorações das telefonias. “Só quando o problema repercutiu em Brasília, quando o ex-presidente Lula reclamou que uma ligação dele para a presidenta Dilma caiu três vezes, Lula, então, telefonou para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e aniquilou as empresas.
Dilma fez o mesmo e pediu fiscalização rigorosa”. A partir de então, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu a venda de novos chips por parte da TIM, da Oi e da Claro. “Todavia, devido às três companhias terem se comprometido a instalarem um plano de expansão e investirem, em que, os valores somados chegam a 20 bilhões até 2014, a proibição dos chips durou apenas 11 dias”, advertiu.
Em outros pronunciamentos, o parlamentar afirmou que, “a Anatel é omissa, porque sem ter os investimentos necessários, permitiu as operadoras voltarem a atuar sem os investimentos necessários”. Wellington, ainda explica que, no mundo todo o regulamento se dá pelo número de antena por usuários, tanto para internet, como para celular. “Nos Estados Unidos, uma antena é para mil usuários, no Japão, uma atende 400 usufrutuários e, no Brasil, uma antena é para quase oito mil usuários, então, evidente que não vai dar conta”. (RL)