Rochana Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. A construção de novas unidades de Saúde e a criação de um novo Instituto Doutor José Frota(IJF) estão nos planos dos candidatos a prefeito de Fortaleza, que disputam a eleição municipal deste ano. As propostas apresentadas por eles à Justiça Eleitoral e ao eleitorado fortalezense contemplam tanto a construção quanto a criação de programas de saúde para melhorar o atendimento médico à população. Segundo dados do Índice deDesempenho do Sistema Único de Saúde (SUS), divulgados em março deste ano, Fortaleza ocupa a 5º pior colocação entre os 29 maiores municípios brasileiros,no que diz respeito ao atendimento primário com corredores lotados, redes de atendimento de urgência e emergência precários, o que, segundo a pesquisa, não atende as necessidades mais básicas da população. Marcos Cals (PMDB), Roberto Cláudio (PSB), Moroni Torgan (DEM), Inácio Arruda (PCdoB) defendem que se deve investir na atual estrutura. Outros, como Heitor Férrer (PDT), propõem que a Cidade necessitade um novo Instituto José Frota (IJF), devido à grande demanda que, atualmente, atende ainda Interior e Região Metropolitana (RMF). Para o doutor Luiz Alves, cirurgião do Hospital Frotinha de Messejana, as propostas durante campanha eleitoral, referentes à saúde pública, são sempre as mesmas, porém, quando assumem, poucas sugestões saem do papel. Alves afirma que, “de fato, investimentos em saúde são poucos, sobretudo porque alguns gestores priorizam obras por conta da visibilidade, ao invés de investir nas áreas em que a população carece”. Paulo Sérgio Dourado Arrais, professore doutor em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que algumas propostas visam resolver, momentaneamente, a situação vivenciada pelasaúde pública. Contudo, é preciso pensar em ações preventivas até a construçãode equipamentos que visem dar atendimento de qualidade para a população. “A saúde da população é um resultado de políticas públicas, que inclui conscientização, prevenção, saneamento básico, direito ao lazer, direito à moradia e emprego. Se consigo ofertar à sociedade um padrão saudável de vida, claro que a minha população terá mais qualidade devida”, salientou Arrais, acrescentando que o resultado não depende somente do gestor público, mas da classe política em geral, para que, a princípio, organize-se e planeje-se os rumos da saúde do Município. UNIR DISCURSOOutra alternativa, segundo osespecialistas, seria unir os discursos, porque, além de Fortaleza, também é preciso ampliar a rede hospitalar do Interior e Região Metropolitana para atender à demanda. Segundo uma fonte que trabalha no Instituto José Frota (IJF), uma boa alternativa para diminuir a superlotação, seria que, os futuros prefeitos desses municípios, construíssem unidades que consigam atender à demanda da própria região, mas infelizmente, preferem investir na compra de ambulâncias,para trazer as pessoas do Interior para o IJF. “Faz tempo que o último hospital para atender de forma emergencialmente e urgentemente foi construído, de lá para cá, a população cresceu, então, é coerente a construção de novos equipamentos, porque é óbvio que esta estrutura está defasada” pontua.