Realizada ontem, a primeira sessão na Assembleia Legislativa após a votação do primeiro turno das eleições foi esvaziada. Vinte e quatro deputados estaduais, pouco mais da metade dos 46 parlamentares, estavam presentes. Contudo, a maioria preferiu permanecer nos gabinetes.       Os pronunciamentos na sessão foram feitos por deputados que conseguiram votação suficiente para reeleição no último domingo, 7. O conteúdo contou, principalmente, com agradecimentos aos eleitores e aliados.       Mesmo que entusiasmados, os discursos eram proferidos para poucos companheiros de cargo, já que a maioria dos demais ficou pouco tempo na sessão plenária chegando pouco antes dos próprios proferimentos e saindo minutos depois. Procurados nos gabinetes, alguns afirmavam estar em reunião com instituições ou para prestação de contas da campanha.       Os deputados estaduais entrevistados garantiram que o trabalho neste fim de mandato continuará intenso. Capitão Wagner (Pros), que obteve maior votação do Ceará para a Câmara Federal, reforçou o compromisso nos próximos quatro meses finais deste mandato. "A gente tem votação de orçamento, projetos do governo e nossos para serem votados também, então vai ser bem intenso", garantiu.       Sobre a expressiva quantidade de votos, ele disse que é reflexo do trabalho realizado durante os quase quatro anos na Assembleia. "Ao mesmo tempo que nos orgulha, nos traz uma responsabilidade muito grande", ressaltou.       Oposição ao governador Camilo Santana (PT), Heitor Férrer (Solidariedade) foi reeleito para o mandato estadual e declarou que o compromisso continuará a ser "fiscalizar os atos de governo". Declarando-se oposição programática ao governo estadual, Renato Roseno (Psol) afirmou que a prioridade tanto deste fim de mandato como dos próximos quatro anos será o combate ao extermínio da juventude. "Essa pra mim é a pauta fundamental", ressaltou.       Reeleito com pouco menos de 80 mil votos, o presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PDT), preferiu não ser direto sobre se voltará a tentar ocupar o cargo. "Falta muito tempo ainda", desconversou. A meta para o restante do mandato deverá ser "ajudar o governador Camilo no que for necessário para que o Ceará continue melhorando".       Terceiro mais votado no domingo, Sérgio Aguiar (PDT) disse que há a possibilidade de voltar a se candidatar à Presidência da Assembleia, mas que ainda está cedo para tomar uma decisão. "Eu ainda vou conversar com meu partido e com os líderes do nosso bloco político", declarou.       Entre aqueles que não conseguiram a reeleição está o deputado Ely Aguiar (PSDC), que tentava o quarto mandato como estadual. "O Parlamento não pertence ao parlamentar, pertence ao povo que coloca, que retira. Muito embora nós saibamos que há um grande derrame de dinheiro", alega. Quanto à derrota, afirma se sentir magoado com o Crato, cidade onde nasceu. "Levei grandes projetos para lá, mas infelizmente não vi reconhecimento. Os eleitores não assimilaram isso, eu pensava que iriam assimilar".       TRÂMITE   A abertura dos trabalhos na Assembleia também marcou o início da tramitação de cinco projetos de lei, sendo dois do Poder Executivo e três de parlamentares.       Mudanças na Assembleia Legislativa   QUEM ENTRA   Acrísio Sena (PT)   André Fernandes (PSL)   Apóstolo Luiz Henrique (Patriota)   Delegado Cavalcante (PSL)   Érika Amorim (PSD)   Fernando Santana (PT)   Guilherme Landim (PDT)   Marcos Sobreira (PDT)   Nelinho (PSDB)   Nezinho Farias (PDT)   Nizo Costa (Patriota)   Patrícia Aguiar (PSD)   Queiroz Filho (PDT)   Romeu Aldigueri (PDT)   Salmito Filho (PDT)   Soldado Noélio (Pros)   Vitor Valim (Pros)   QUEM SAI   Bethrose (PP)   Capitão Wagner (Pros)   Dedé Teixeia (PT)   Duquinha (PDT)   Ely Aguiar (PSDC)   Ferreira Aragão (PDT)   Gony Arruda (PP)   Joaquim Noronha (PRP)   Lucílvio Girão (PP)   Mário Hélio (Patriota)   Manoel Santana (PT)   Mirian Sobreira (PDT)   Odilon Aguiar (PSD)   Rachel Marques (PT)   Robério Monteiro (PDT)   Roberto Mesquita (Pros)   Tomaz Holanda (PPS       LUANA BARROS