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Segunda, 06 Agosto 2012 06:48

"Fortaleza para os trabalhadores"

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  O candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo PSTU, Francisco Gonzaga, afirmou em entrevista ao jornal O Estado que irá governar para os trabalhadores. “Fortaleza tem duas classes, a primeira que representa os trabalhadores, onde 28% não têm renda nenhuma, e a outra que menos de 1% recebe mais do que 20 salários mínimos”, disse, ressaltando que, além de olhar para a minoria, irá trabalhar para melhorar a Educação, Saúde e Segurança Pública. No que diz respeito à Mobilidade Urbana, Gonzaga ressaltou que revitalizará a Companhia de Transportes Coletivos (CTC), problema, no qual nenhum candidato a prefeito focou suas propostas. Caso eleito, ele afirma ainda que realizará uma “auditoria” nas contas públicas da Prefeitura de Fortaleza, no intuito de priorizar e investir nas áreas mais necessitadas pelo trabalhador. LAURA RAQUEL e ROCHANA ROCHAPOLÍEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. [O ESTADO] Como candidato, que representa a classe trabalhadora, quais são as suas principais propostas?[Francisco Gonzaga] O programa do PSTU para uma futura regência de Fortaleza, caso eleito, tem como diretriz principal, uma cidade para os trabalhadores, e claro, tentar responder as nossas necessidades mais básicas, como melhorar e avançar a Educação, Saúde, Segurança e Mobilidade Urbana. Não é um programa abstrato, parte de questões concretas, e eu sei, para que seja implementado na sociedade, vai ser preciso muito luta. Na Educação, a maioria dos professores elegeu a prefeita e nós vimos que a Prefeitura de Fortaleza tratou os professores do município de uma maneira que nos causou até surpresa, foram tratados na Câmara dos Vereadores como bandidos. Na Educação, em primeiro lugar, temos que fazer uma auditoria da dívida, a qual, já compromete 35% do orçamento da Prefeitura, onde, envolve o pagamento da dívida pública, terceirizações e transferências.Na área da Saúde, queríamos que fossem investidos, no mínimo 25%, porém, nossa meta é investir 35%. A gente vê a situação das pessoas nos bairros, precisando de Postos de Saúde e que não podem pagar um plano de saúde. A Saúde virou uma mercadoria, vemos que existem 400 unidades, mas 5% dessas unidades são públicas, quem possui dinheiro tem direito à Saúde, e quem não tem? fica morrendo nas filas. Você vai ao Posto de Saúde, o médico que atende, trabalha sem equipamentos, além de não ganhar um salário digno, e ainda, a Prefeitura investe na terceirização de serviços e estes serviços são de péssimas qualidades.Eles prometem que vão resolver o problema da Educação e da Saúde, mas não tem como resolver se o orçamento já estar comprometido. Dessa forma, torna-se complicado apresentarmos propostas de melhoria. No primeiro dia, fazer um Raio-X das contas, chamar os trabalhadores para discutir as prioridades da Educação e Saúde, e a partir de então, planejar a construção de Postos de Saúde, Hospitais, compra de equipamentos para Saúde e principalmente, valorizar os profissionais.Em relação ao Transporte Público, há uma propaganda muito grande, onde afirma que Fortaleza tem a passagem mais barata do Brasil, o problema é que o incentivo que esta atual gestão dá aos empresários, por exemplo, como na última greve de ônibus, na qual a primeira medida da Prefeitura foi proteger o caixa dos empresários, levando a zero a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS), já era uma taxa de 2%, agora baixou para 0,01%, enquanto isso, para os trabalhadores, que trabalham no setor, para os usuários, que além de pagar os impostos, ainda pagam a passagem. Nós defendemos que deve-se abrir os livros contábeis das empresas, para ver o tamanho do lucro que têm esses empresários, vamos lutar pela passagem congelada, do passe- livre para o estudante e desempregado, queremos também revitalizar a Companhia de Transportes Coletivos (CTC), para isso, não podemos continuar priorizando os empresários. [OE] Quando o senhor fala em abrir as contas de governo, o que quer dizer?[FG] Nós vamos fazer uma auditoria popular, dizer quanto temos em caixa e a prioridade é investir na áreas onde os trabalhadores mais necessitam. Como o financiamento público é uma forma democrática de governar, devemos questionar o modelo político brasileiro, porque governar com esta estrutura é manter o que já está. Vimos que no orçamento de 2011, em relação à área da Saúde, houve um corte de R$ 52 milhões. Em 2012, R$ 55 milhões. A Saúde é uma das áreas que mais o povo precisa, por aí temos a certeza de que não priorizam as necessidades do povo. Estamos vendo a greve dos servidores públicos, eles acampando, em Brasília, e a presidente Dilma diz, “o orçamento já está comprometido”. O comprometimento do Governo é com os grandes bancos e empresários, quem vai pagar esta conta é o trabalhador? E governar para os trabalhadores é mudar esta estrutura. Então quem diz onde vai resolver e não diz de onde tira o dinheiro é uma promessa vazia. As eleições podem, por exemplo, acabar no dia 7 de outubro, mas no outro dia, vai continuar a luta por melhores Salários, Moradia, Educação e Saúde. [OE] Caso eleito, será o prefeito da Copa do Mundo. Como pretende resolver o problema da mobilidade urbana, não visando somente ao Mundial?[FG] As pessoas falam que a Copa do Mudo vai trazer mais empregos e benefícios para Fortaleza, é preciso que a gente indague, quem de fato estas obras vão beneficiar? Nós, estamos falando de Fortaleza que tem duas classes, a classe trabalhadora, na qual, 28% não têm renda nenhuma, 27% recebem até um salário mínimo e menos de 1% recebe mais do que 20 salários mínimos. Então, Fortaleza cresce para um setor que tem concentração de renda e para os trabalhadores não sobra quase nada. Claro que estas obras vão beneficiar nossa Cidade, mas também grandes grupos econômicos vão tirar proveito do dinheiro que vai vir. As obras da Copa no Brasil, não somos nós que definimos, mas a Fifa. É preciso um planejamento com especialistas, mas deveriam ter escutado primeiro os trabalhadores, para identificar qual parte da Cidade é mais problemática, identificar os trechos de maiores congestionamentos, averiguar as lotações nos ônibus, e fazer um estudo para aplicar o dinheiro corretamente e fazer obras que de fato resolvam e facilitem a vida dos trabalhadores. Nós não queremos uma Fortaleza para os ricos, queremos uma Fortaleza para a maioria dos trabalhadores. Uma Cidade que precisa de Saneamento Básico, Educação e Transporte Público de qualidade. Nós vamos acabar com essa lógica do discurso oportunista, onde só aparece no momento das eleições. [OE] Ainda possuímos um grande déficit habitacional. Como pretende solucionar esta problemática?[FG] No legado de Luizianne Lins, a construção de conjuntos habitacionais atendeu somente 11%, então, nesse ritmo, levaria em torno de 70 anos para contemplar todas as famílias, que, hoje, são cerca de 75 mil famílias. Ainda 3,5% moram em áreas de risco. Por causa da Copa do mundo, várias famílias estão sendo expulsas da sua moradia. É preciso ter um bom diálogo e colocar estas pessoas em lugares dignos, com moradia dignas. Eu assisti a algumas entrevistas de candidatos à Prefeitura de Fortaleza como do Inácio Arruda (PCdoB) e Roberto Cláudio(PSB), onde afirmam serem diferentes da prefeita, porém, observo terem o mesmo programa. Eles afirmam que a Copa do Mundo vai favorecer Fortaleza, onde a Cidade tem que ser desenvolvida, fazer parte do mundo, agora ,eu pergunto, de que Fortaleza eles estão falando? [OE] Como o seu governo vai trabalhar para diminuir o índice de violência e as drogas?[FG] A falta de Segurança Pública e as drogas são consequências da falta de uma Educação de qualidade. A violência é um efeito, temos que discutir as causas. Se as crianças tiverem a oportunidade de terem uma boa educação, boa formação, preparando-se para escolher o que querem para o futuro, tenho quase certeza de que depois esse jovem, não vai ter como alternativa as drogas, a prostituição que, às vezes, se submetem, então, não é culpa da juventude e não é culpa das crianças. Inácio e Moroni Torgan (DEM), dizem que vão equipar uma guarda bem armada, para poder impedir os crimes que acontecem. Nós pensamos o contrário, pensamos que arma gera violência, e o princípio para acabar com isto é a Educação. A guarda municipal não é para estar armada, ela é para cuidar do patrimônio público, e sobre a Polícia Civil, defendemos que o papel dela deva ser uma Polícia comunitária, onde as próprias comunidades elegem seus representantes, e que desenvolvam um trabalho preventivo e educativo, no qual, pelo fato desses guardas já conhecerem os problemas dessas comunidades. Há três anos, o meu filho foi agredido pelo Ronda do Quarteirão, por pouco não quebraram os braços dele, então que Polícia é essa? Que bate sem motivo? Estou neste desafio de ser candidato à Prefeitura, não por ser o único operário, mas por viver estas situações, quem sabe o que é andar em um ônibus lotado, sabe o que é precisar de um Posto de Saúde, sabe o que é não ter segurança na periferia da Cidade. [OE] Desde 2004, Fortaleza não possui um instituto de planejamento. Nesta área, qual sua proposta para ser diferente?
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