Em defesa da caatinga
Em 1955, o sacerdote da Diocese de Sobral, monsenhor Sabino Loiola, percorreu quase metade do Estado alertando sobre a ameaça de graves mudanças em toda a caatinga que predomina na região nordestina. Em sua homilia, ele advertia que não era só a seca que ameaçava o bioma e a vida humana no Nordeste, mas também os riscos de uma desertificação mais destrutiva do que as estiagens. Passaram-se 63 anos, e, agora, numa iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, Governo do Estado e Instituto Agropólos, a partir de amanhã iniciam a II Conferência da Caatinga, evento de importância equiparada ao recente Seminário Internacional de Segurança Pública, e que teve ressonância além-fronteiras do Ceará. Serão debatidas medidas urgentes para amenizar as dificuldades e o sacrifício da sociedade civil, diante das secas e suas consequências. Isso inclui a defesa do bioma e a administração das crises hídricas, mas, acima de tudo os perigos permanentes de desertificação e de consequências desastrosas para qualquer região ou nação. A II Conferência da Caatinga, adverte o presidente José Albuquerque, é um grito de alerta no sentido de convencer a sociedade de que os governos, sem a união e o empenho de todos, não ganharão essa batalha.
E Audic?
Tem sido destaque a pacificação entre o governador Camilo Santana e a família Aguiar, de Tauá. O deputado Audic Mota, rival da família, já ouviu do governador que nada tem a temer.