PRESSÃO, CRISE E RACHA NO PMDB EM FORTALEZAÉ péssimo o clima no PMDB de Fortaleza depois que melou a tentativa de aliança proporcional com o PSB. Com o retorno dos trabalhos na Câmara Municipal, já se percebe hostilidades, desavenças e provocações na bancada. “O PSB nos colocou numa arena. Deram-nos a espada e disseram: ‘Lutem até a morte’”, disse à coluna um vereador que, temendo retaliações, pediu para não ser identificado. Sem aliança na disputa pela Câmara, a hoje a maior bancada do Legislativo tende a minguar. Pode cair dos atuais sete vereadores para dois ou, com sorte, três parlamentares. O ambiente é ruim e tende a ficar muito pior. Setores do PSB querem que o senador Eunício Oliveira (PMDB) enquadre o grupo de peemedebistas que apoia a campanha de Elmano de Freitas (PT) e os force a aderir a Roberto Cláudio (PSB). O candidato a vice, Gaudêncio Lucena (PMDB), também é apontado como personagem nessa pressão. Cogita-se que o partido feche questão e proíba a presença de filiados em atos da campanha de Elmano. Os infiéis, por sua vez, acusam o PSB de forçá-los a essa situação e responsabilizam Eunício e o governador Cid Gomes (PSB) por não terem intervido quando era possível o acordo. Um dos rebeldes, que também não quis se identificar, afirma que não é infiel, nem apoia o petista. Sua posição, define, é de independência. “Deixei meus eleitores livres. Mas creio que a tendência de quem está há quatro anos na Prefeitura é votar com o Elmano”.