O deputado Ely Aguiar (PSDC) revelou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (24/05), que não pretende mudar suas convicções pessoais em troca de benefícios do Governo e anunciou que o partido que preside não “está à venda”. Segundo o parlamentar, seria leviano alguém insinuar que em algum momento ele entrou em negociações para trocar apoio por benesses governamentais.
“Talvez eu seja pequeno, de origem simples, mas nunca me rebaixei para me tornar engraxate dos donos do poder. Defendo os meus princípios e voto na Assembleia de acordo com a minha consciência. Não vendi e não venderei a alma ao diabo para sobreviver”, assinalou.
Em vez de procurar o Governo, Ely Aguiar expôs que, na realidade, já foi procurado, mas sempre procurou manter suas posições. “Em todas as três vezes em que fui eleito para esta Casa, não tive a mão do Governo ou a utilização de cargos estaduais. Na primeira vez, não votei no Cid Gomes para governador, fiquei com Lúcio Alcântara. Na segunda, apoiei Eunício Oliveira. E, nesta eleição, ainda não sei em quem votar, mas não voto no PT. Sou claro”.
Ely Aguiar informou ainda que deu sustentação à campanha de Roberto Cláudio à Prefeitura, mas somente após ser procurado pelo prefeito. Ele avisou que recebeu mais de dez ligações do então candidato. O deputado disse ter sentimento de “pena” em relação àqueles que mudam suas convicções de acordo com conveniências momentâneas. “Não mudar, apesar das conveniências, é para quem tem hombridade”, acentuou.
De acordo com o parlamentar, todos os políticos são livres para apoiar quem quer que seja. Mas admitiu que, se fosse “deputado camaleão”, já tinha mudado de partido. “Eu como o pão que o diabo amassou, porque apoiei Sérgio Aguiar para presidente da Assembleia. Mas não abaixei a cabeça nem as calças”.