Oposição sem espaço   Com a lucidez que, muitas vezes, falta a políticos, o deputado Carlos Matos, (PSDB), referindo-se às dificuldades do governador Camilo Santana para deter o crime organizado no Ceará, afirmou: “O momento exige a união de todos, o que significa dizer que não há espaço para oposição nem situação radical”. Essa atitude pode até não ser unânime, mas, com certeza, servirá de exemplo para parlamentares que fazem oposição por oposição. Não surpreende o equilíbrio do tucano, políticos dos mais preparados na Assembleia Legislativa. Foi duas vezes secretário da Agricultura, responsável pela criação e implantação de projetos como Agropolos, Caminhos de Israel, Irriga Ceará, Sertão Vivo, Agente Rural e Pasto Verde. Foi presidente do Fórum de Secretários da Agricultura do Nordeste e vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários da Agricultura. Presidiu o Instituto Teotônio Vilela, e dirigiu o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Indi, da Fiec. Com essa ficha, Carlos Matos tem justificado a sua condição de um dos parlamentares mais ouvidos da AL. Cabe aos demais deputados, de todas as tendências e partidos, entenderem que sem unidade continuaremos perdendo a batalha para a bandidagem. É preciso imitar o que aconteceu em Nova Iorque, onde o programa “Tolerância Zero” unificou população e políticos, reduzindo em 70% os efeitos deletérios da criminalidade, o que tem se mostrado impossível entre nós.    Fartura Depois que o Capitão Wagner decidiu assumir, pela segunda vez, o desafio de candidato ao Governo do Estado, “chovem” nomes para vice na sua chapa. Entre eles, Domingos Filho e Caio Rocha.   Primeiro-ministro Também, o empresário Geraldo Luciano entra na fila dos possíveis vices de Wagner. Comenta-se, nos meios políticos, que se ele topar e for eleito seria uma espécie de premier, tipo Assis Machado, na era Tasso.   Revoltante Na AL, deputados lamentam o corte, pela União, de verbas para Segurança no Ceará e para o projeto de fabricação de fármacos da Fiocruz para todo o País, que perdeu R$ 13,8 milhões.   Culpa deles Em relação ao corte de recursos, o deputado Heitor Férrer (PSB) afirma que grande parte da culpa é da bancada federal, que não consegue ser solidária nem no câncer.   Inúteis Heitor foi generoso na crítica. Não é só grande parte. Toda a culpa cabe aos nossos representantes na Câmara dos Deputados, campeões da inutilidade.