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Segurança pública domina debate na 1ª sessão após o Carnaval - QR Code Friendly
Sexta, 16 Fevereiro 2018 05:27

Segurança pública domina debate na 1ª sessão após o Carnaval

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EVANDRO LEITÃO defendeu que o Governo do Estado tem feito sua parte MAXIMO EVANDRO LEITÃO defendeu que o Governo do Estado tem feito sua parte MAXIMO MOURA/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Na primeira sessão após o feriado do Carnaval, a Assembleia Legislativa do Ceará foi palco de debate intenso sobre segurança pública. Mesmo com número de deputados reduzido, a discussão foi marcada por ânimos acalorados na crítica e na defesa da atuação do governador Camilo Santana (PT) para combater a violência. Os homicídios em Fortaleza durante o Carnaval deste ano mais que dobraram em relação a 2017. Foram 21 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) só na Capital, e 59 em todo o Ceará. Os números foram destacados pelo deputado Ely Aguiar (PSDC), que relembrou recentes casos de violência, como o assalto ao músico Waldonys no Porto das Dunas na terça-feira, 13.     "Se essa Casa quiser aprovar a CPI do narcotráfico, eu sou a favor, mas não vou colocar minha assinatura porque eu sou pai de família, minha família precisa de mim" EVANDRO LEITÃO (PDT) Líder do Governo do Estado na Assembleia O líder da oposição, Capitão Wagner (PR), e o do Governo do Estado, Evandro Leitão (PDT), protagonizaram o embate. Para o opositor, Camilo não tem atuado de forma efetiva para aplacar a violência e o crime organizado. Ele também criticou supostas tentativas do petista de colocar a culpa da violência no Governo Federal. Evandro Leitão foi à tribuna “desmentir” o opositor. “Esse discurso de que o Governo do Estado não tem feito a sua parte é uma inverdade. São muitas ações em educação, cultura, saúde, e ninguém pode negar que o Governo está fazendo e investindo”, disse. Os deputados Julinho (PDT) e Moisés Braz (PT) reforçaram a defesa. As críticas de Wagner também atingiram a atuação da própria Assembleia. Segundo ele, a Casa não tem feito a “sua parte” por não instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, cujo pedido de abertura é de 2015.     "Agora alguns parlamenta-res estão dizendo que não vão colocar seus nomes para fazer parte da CPI. Dessa forma, estes parlamentares deveriam renunciar aos seus mandatos, uma vez que não querem fazer aquilo que é dever" CAPITÃO WAGNER (PR) Líder da oposição na AL-CE Contestando Wagner, Evandro afirmou que a Casa tem aprovado leis importantes para a segurança, como o aumento da média salarial da Polícia. Ele disse que é a favor da CPI, mas que não vai dar sua assinatura para a instalação. “Eu sou pai de família, meus filhos precisam de mim, eu já sou avô. Não ando com segurança 24 horas por dia, não posso ficar ao léu, podendo sair ali na esquina e levar um tiro”, disse. Fala gerou reação de Wagner, que argumentou que ela demonstra que “nem o líder do Governo confia na segurança do Estado do Ceará”. Em tom informal no Plenário, longe do microfone e das câmeras, ele chegou a afirmar que a Assembleia é “frouxa”. Evandro, mais uma vez, contestou. Ele disse que o que está atrasando a instalação são outras CPIs que estão na frente. Sobre sua declaração, afirmou que “acredita tanto na segurança do Estado” que não anda com segurança particular nem tem policial no seu gabinete.   LETÍCIA ALVES
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