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Recomposição de blocos na AL tira espaço da oposição e fortalece base - QR Code Friendly
Quinta, 15 Fevereiro 2018 05:50

Recomposição de blocos na AL tira espaço da oposição e fortalece base

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ELY AGUIAR (PSDC) disse não ter entusiasmo para integrar qualquer bloco atualmente ELY AGUIAR (PSDC) disse não ter entusiasmo para integrar qualquer bloco atualmente MÁXIMO MOURA/ALCE
Todos os atuais blocos partidários da Assembleia Legislativa deverão passar por mudanças, após a recomposição das siglas neste início de ano. Com as alterações, a base de Camilo Santana (PT) na Casa vai ficar ainda mais forte, com a chegada do MDB, e a oposição pode ter espaços reduzidos nas comissões técnicas permanentes. Isso porque o bloco formado até então pelo PSDB, SD, PR e PSDC deverá deixar de existir com a saída do deputado Ely Aguiar (PSDC), que pretende ser líder de si mesmo. “Vamos esperar para ver o que acontece, mas eu não me sinto entusiasmado a participar de nenhum bloco hoje”, disse Aguiar ao O POVO. O parlamentar negou que a motivação da saída seja por problemas de relacionamento com os demais partidos do bloco. Porém, Ely disse que não quer ser caracterizado como um parlamentar que faz “oposição por oposição”. Com a saída do PSDC, a existência do bloco se inviabilizaria, uma vez que as composições devem ter no mínimo cinco partidos. A situação poderia afetar a permanência desses parlamentares nas comissões técnicas da Casa, especialmente as do PR. Sem o bloco, o partido teria de disputar vagas em comissões de seis e nove membros com as siglas que também têm dois parlamentares na Casa — o PCdoB e o PMB. Atual líder do bloco, Capitão Wagner (ainda PR) minimiza questão ao dizer que a dissolução do bloco poderá ser estratégica para a oposição ganhar mais tempo na tribuna. “Se cada partido tiver essa liderança, a gente tem esse palanque a mais”, afirma. O parlamentar, porém, diz que a decisão sobre os rumos do bloco será discutida hoje. “As comissões passam por negociações que não necessariamente envolvem o tamanho do bloco. Isso a Mesa Diretora vai decidir”, continua o parlamentar. O MDB, que antes integrava bloco com o PSD e o PMB, deverá se aproximar de outros partidos da base. Leonardo Araújo (MDB) confirmou que a mudança “deve ser nessa linha”. Sobre as divisões das comissões, que ocorrem por indicação dos líderes de cada bloco, o objetivo da sigla é se manter nas composições em que já atua e ampliar a presença em outras. Araújo quer reaver a vaga na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), uma das mais disputadas na Casa, após a destituição dele por decisão da líder do bloco, Dra. Silvana (MDB), no ano passado. Mesmo com todas as movimentações, os blocos podem sofrer nova alteração, após as trocas partidárias previstas para março. Ainda assim, uma nova composição dos blocos só poderá ser feita após seis meses, segundo o regimento.   MAIOR BLOCO Líder do maior bloco da Casa, Ferreira Aragão diz que o conjunto PDT, PP, PEN, DEM, PHS, PRB não sofrerá baixa, mas pode crescer. “Ainda não há nada definido, mas estamos vendo uma composição em sintonia com a situação”, disse.     RÔMULO COSTA
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