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Deputados estão convencidos das dificuldades - QR Code Friendly
Quarta, 06 Setembro 2017 04:27

Deputados estão convencidos das dificuldades

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Roberto Mesquita reconhece as dificuldades, mas adverte ao eleitor sobre os enganadores que surgirão ao longo da campanha Roberto Mesquita reconhece as dificuldades, mas adverte ao eleitor sobre os enganadores que surgirão ao longo da campanha ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
O pleito de 2018 tende a ser mais complicado para aqueles que tentarão reeleição ao Legislativo Estadual. Conforme alguns deputados estaduais disseram, a figura do homem público segue muito desgastada e isso tem afastado a população deles, constatação feita nas visitas a municípios do Interior.   Líder do Governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT), ressaltou que o pleito de 2018 será mais difícil, visto que há maior cobrança e fiscalização por parte da sociedade, o que faz com que os políticos tenham que trabalhar ainda mais. "A responsabilidade aumenta mais, porque não basta ter apenas um comportamento ético, precisamos ter serviços que são muito importantes", destacou.   Ele disse que tem procurado, através de seu mandato, mostrar às pessoas o máximo daquilo que vem realizando, buscando cada vez mais a confiança popular. "Eu tenho sentido um distanciamento nos municípios que visito, e acho que o político que não tem sensibilidade está fadado ao insucesso no pleito do ano que vem, pois não vai renovar seu mandato. O anseio da sociedade é de mudança de comportamento, e temos que compreender isso", destacou.   Roberto Mesquita (PSD) também disse que o pleito do próximo ano será mais difícil do que aquele de 2014, visto que o ambiente é diferente. Ele destacou que é preciso que os políticos andem nas ruas, mostrem ao povo suas posições para "se despir das vaidades", enfatiza.   Crédito   "Nós somos os empregados do povo e temos que fazer leis boas, mas também leis que saiam do papel. A população precisa se vacinar contra os enganadores e perceber quem são aqueles que estão cumprindo, de fato, o papel de legislar", destacou.   Ele disse que a política brasileira como um todo está vivendo o seu pior momento, visto que os homens públicos têm sido nivelados por baixo. "Temos sentido essa dificuldade, porque a convivência se baseia no crédito. Mas é bom que fique claro que não somos farinha do mesmo saco".   Um dos parlamentares com maior número de mandatos no Legislativo estadual, o deputado José Sarto (PDT) disse sentir que, de um modo geral, o pleito de 2018 será bem mais complicado, visto que o descrédito da classe política, principalmente dos que têm mandato eletivo, já atingiu níveis nunca antes vistos. O parlamentar disse que a classe política e a política como um todo estão "esgotados" de acordo com o pensamento reinante e isso favorece projetos novos.   "Eu já tenho uma trajetória política no Ceará, e diria que a gente tem que uma recompensa ao ir no Interior e não ser apontado como um mau político. Mas isso é um desafio, porque chegamos ao fundo do poço e temos que começar a sair dele", defendeu. Para Sarto, apesar dos aspectos negativos, "toda crise nos permite olhar no espelho e vermos nossas deficiências".   A deputada Fernanda Pessoa (PR), por exemplo, afirmou que a situação está complicada para muitos deputados. Segundo ela, dá para sentir o quanto as pessoas estão mais atentas ao trabalho dos políticos, fato que ela tem percebido nas visitas que faz ao Interior do Estado.   Intolerância   Danniel Oliveira (PMDB) ressaltou que toda nova eleição tende a ser mais difícil, até para que os candidatos já com mandatos deem mais eficiência a seus trabalhos. Ele disse que, nos últimos anos, alguns parlamentares apresentaram poucas matérias, mas de fundamental importância para a sociedade. "Percebo que o pavor da política de pouco tempo está começando a ser filtrado, e as pessoas estão vendo onde é o melhor caminho para se acomodar. O que não pode ter neste momento é qualquer tipo de intolerância".   A deputada Silvana Oliveira (PMDB), por outro lado, espera que a disputa seja mais fácil para ela, visto que se tornou mais conhecida nos últimos anos, marcando espaço, principalmente, entre a população mais conservadora do Estado. "Estamos vivendo um momento em que a população vai julgar quem ama ou não a política. Não tenho sentido distanciamento de mim, porque tenho feito a lição de casa. Estou pagando o preço, mas tenho feito com que meu eleitor se sinta no plenário comigo".  
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