Os presidentes das comissões de Seguridade e Saúde e de Educação, na Assembleia Legislativa, não realizaram as visitas prometidas a equipamentos públicos do Estado. Carlos Felipe (PCdoB) e Silvana Oliveira (PMDB) justificaram que as discussões internas da Casa, bem como atividades paralelas, impediram a realização de incursões que tinham como objetivo apontar falhas estruturais nas áreas.   Os dois colegiados são responsáveis pelo debate de mérito das matérias que versam sobre áreas prioritárias para o Estado, que são Educação e Saúde. Logo que foram escolhidos presidentes das comissões, os deputados Silvana Oliveira e Carlos Felipe se comprometeram com a realização de investidas a escolas e hospitais públicos do Estado, mas as visitas foram prejudicadas.   Carlos Felipe fez apenas uma visita, ainda no primeiro semestre, ao Hospital do Cariri, que foi, no entanto, demandada pelo petista Manoel Santana, que tem colégio eleitoral na região. A comissão, nas últimas semanas, tem se dedicado à discussão da Saúde por meio de um fórum constituído por membros da Secretaria de Saúde, Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público.   "Sobre as visitas aos hospitais, nós fizemos uma no Cariri e o fórum definiu que a primeira visita, em função da questão regional, também será no Cariri", disse o parlamentar, quando questionado sobre as incursões. Até mesmo no fórum a primeira visita está programada somente para agosto, visto que houve demora para reunião do grupo.   No entanto, o parlamentar ressaltou que o colegiado tem realizado audiências públicas e reuniões em conjunto com o fórum, que está definindo propostas de legislação a serem apresentadas à Assembleia.   A deputada Silvana Oliveira, presidente da comissão de Educação, por outro lado, afirmou que as discussões internas em torno de propostas polêmicas na Casa inviabilizaram a realização de encontros e visitas programadas. "Foi preciso que a gente interrompesse algumas de nossas medidas, porque a Casa parou um pouco, refém desse vexame constrangedor que foi a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Tribunal de Contas dos Municípios", disse.   Retomada   De acordo com a peemedebista, não foi somente sua comissão que teve que paralisar ou adiar atividades, mas toda a Casa, visto as inúmeras reuniões feitas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para tratar do tema. "Até mesmo minha vida familiar foi afetada, pois tenho desmarcado alguns atendimentos médicos para participar das reuniões da comissão", disse.   A parlamentar, porém, afirmou que o colegiado avançou na aprovação de algumas matérias, além da realização de seminários que foram feitos em parceria com a Secretaria de Educação. De acordo com Silvana, no segundo semestre as visitas às escolas poderão ser retomadas, visto que na primeira e única que foi realizada houve resposta positiva por parte dos estudantes e do corpo docente da escola. "Foi uma experiência muito boa para mim. O problema foi essa PEC que acorrentou nossa Casa".