A Defensoria Pública Geral do Estado inaugura, hoje, a nova sede do Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp), localizada na Rua Auristela Maia Ferias, nº 1112, no bairro Luciano Cavalcante, ao lado da sede da DPGE. Na ocasião, também será realizado o lançamento do programa Rede Acolhe, que visa a redução dos danos causados pela violência.   Para o defensor público Emerson Castelo Branco, supervisor do Nuapp, a nova sede é importante para o cumprimento das missões constitucionais de assistência ao preso provisório e às vítimas de violência. “Com a nova sede, finalmente o Nuapp possui a estrutura necessária cumprir sua missão de proteção às vítimas de violência por meio do programa Rede Acolhe. Para os assistidos do Núcleo, a nova sede melhora bastante no aspecto da localização, já que está próxima ao Núcleo Central de Atendimento (NCA) da Defensoria Pública do Estado do Ceará. Ela também melhora as condições de trabalho com salas para os defensores, para os estagiários e para a equipe administrativa”, comentou o defensor público.   Segundo a defensora pública, Gina Moura, a nova localização facilita pelo fato de já ter a logística da Defensoria Pública para dar apoio. “Ficamos mais próximos do Fórum, ao lado do Núcleo Central de Atendimento da DPGE e do Núcleo Especializado em Execuções Penais (Nudep), estamos todos interligados. Apesar da nova sede, nosso atendimento continua descentralizado, pois também estamos no fórum, nas unidades prisionais e, em casos urgentes, com atendimentos nas delegacias”, afirmou Gina Moura.   Acolhimento O programa Rede Acolhe promove a assistência jurídica e psicossocial aos familiares das vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLI) ou vítimas de tentativa de homicídio. O objetivo é trabalhar com a prevenção primária destas famílias e efetivação dos direitos das famílias e das vítimas. O Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp) já vem realizando atendimentos com famílias que foram identificadas após uma pesquisa do Comitê Cearense de Prevenção de Homicídios da Adolescência da Assembleia Legislativa do Ceará, realizada em 2016, como explica Thiago de Holanda, coordenador do programa.   “Iniciamos a Rede Acolhe com as famílias encaminhadas pelo Comitê. Hoje já recebemos demandas espontâneas e contamos com uma equipe psicossocial que atende na ausculta destas demandas destas famílias, criam laços e uma relação de proximidade, confiança e entendimento do contexto familiar”, disse Holanda.   Ainda de acordo com Thiago, são realizadas visitas às casas das famílias, classificadas de busca ativa, onde elas são ouvidas e encaminhadas para a rede de atendimento, formada pelos núcleos da Defensoria Pública, instituições da sociedade civil e públicas, como os Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), escolas, postos de saúde e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). O coordenador do programa esclareceu que um dos diferenciais é o acompanhamento permanente. “Mesmo depois de encaminhadas a esses locais, nós acompanhamos e prestamos assistência contínua”, afirmou o coordenador.