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Deputados manifestam suas divergências na AL - QR Code Friendly
Quinta, 27 Abril 2017 04:32

Deputados manifestam suas divergências na AL

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Deputado Fernando Hugo foi o primeiro a tecer críticas à convocação, denunciando que petistas estariam se aproveitando do evento com outros setores para promoverem a "bandalheira". Os parlamentares petistas protestaram Deputado Fernando Hugo foi o primeiro a tecer críticas à convocação, denunciando que petistas estariam se aproveitando do evento com outros setores para promoverem a "bandalheira". Os parlamentares petistas protestaram ( Foto: José Leomar )
A mobilização marcada para amanhã, sexta-feira, motivou uma série de pronunciamentos, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará. Fernando Hugo (PP)foi quem primeira tratou do assunto, alertando para o que chamou de tentativa de "venezuelagem" e dizendo que a greve prevista para acontecer amanhã, em todo o País, não teria o fito de apenas postar-se contra a Reforma da Previdência, mas que existiria interesse "anárquico" reinante na projeção do que se vê a partir das mobilizações.   "Não sou contra a greve, que é argumentação legitimamente legal para núcleos profissionais, e até de pessoas que entremeiam nas circunstâncias de convivência, protestos como de estudantes. Porém, uma greve geral convocada com estímulos anárquicos, protestos estimuladores de que se for preciso vão à bandalheira, é preciso muita reflexão", avaliou. Outros deputados se manifestaram contra o posicionamento dele.   Hugo disse ser preciso deixar de usar de estruturas dos trabalhadores para numa greve oportunizar a presença dos mesmos que levaram o Brasil à situação caótica. "É preciso muita calma. Pasma assistir pessoas que levaram o País à desgraça social, ética, moral, administrativa e política, pousarem nas tribunas de bonzinhos, incitando a esta conjunção paredista que é a greve do dia 28, numa movimentação diferente", ressaltou.   Retrocesso   Lembrando a entrega de requerimentos de sua autoria na Assembleia se posicionando contra a mobilização feita pelo presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, para que o maior número de pessoas possa estar em Curitiba acompanhando o depoimento do ex-presidente Lula, o parlamentar relatou outro caso, sendo agora protagonizado pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).   "A greve teria razão de ser, mas no sentido anárquico, nem pensar. O deputado insulta em agressão desmedida o juiz Sérgio Moro. Eles querem insultar o juiz para que ele caia em cascas de bananas e assim se vitimizarem", completou.   Na sequência, subiu à tribuna a deputada Rachel Marques (PT). Ela disse se sentir na obrigação de contrapor a fala de Fernando Hugo. "Ele distorceu tudo o que está acontecendo em nosso País. Digo que o Brasil vai parar e que a greve geral é para valer. O povo trabalhador tem direito, portanto é legítimo que faça movimento como esse que está sendo organizado".   A petista ressaltou a mobilização que está sendo feita por nove centrais sindicais, inclusive de algumas que até pouco tempo estavam apoiando o Governo Temer. "Não tenho nenhuma notícia de que a greve está sendo convocada para a bandalheira. É, na verdade, para protestar contra as reformas colocadas que significam retrocesso ao trabalhador, de direitos historicamente conquistados".   Ela apontou que a última grande greve que aconteceu no Brasil foi em 1996. "Agora mais esta que vai parar o País", afirmou, lendo em seguida nota assinada por presidentes e dirigentes de sindicatos. "Quem convoca não é nenhum partido, mas as centrais sindicais legitimamente presentes em nosso País".   Rachel, dirigindo-se a Hugo, pediu que deixasse de chamar Lula de chefe de quadrilha. A resposta foi que a colocação não teria originado em sua fala, mas que viria inclusive de juristas.   Compromisso   Outro petista que subiu à tribuna ainda no primeiro expediente para defender a greve foi Manoel Santana. Ele também negou que a paralisação seja fruto de interesse partidário e que não pertenceria às centrais sindicais. "É um movimento de todos os trabalhadores que assistem o governo ilegítimo de Michel Temer tomar todos os seus direitos. Usa de medidas antipopulares que mostram a falta de compromisso com o povo pobre do Brasil". Santana reforçou que as mudanças têm como objetivo reduzir os salários e aumentar a jornada de trabalho.   O deputado peemedebista Leonardo Araújo afirmou que, por trás da convocação nacional para esta sexta-feira, estaria a intenção de projetar o nome do ex-presidente Lula, visando seu retorno nas eleições de 2018. Ele acusou ainda o PT de ter silenciado os sindicatos logo que assumiu o poder. "Só se ouviu falar em greve geral no nosso País na década de 80 e 90. Porque quando o senhor Lula chegou ao poder as centrais sindicais que foram abastecidas com dinheiro da corrupção, assaltado dos cofres públicos, silenciaram".   Para o deputado João Jaime (DEM), a sexta-feira deveria ser o dia em que os brasileiros mais trabalhassem, contrariando a convocação feita pelos sindicatos. "Repudio esse movimento conclamado pelos sindicatos. Em nome de que eles convocam? Em nome de seu próprio interesse", apontou, acrescentando que a legislação brasileira obriga cada trabalhador a compulsoriamente pagar um dia de salário para os sindicatos.
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