Embora distante no calendário e com uma série de pendências para que o quadro de 2018 comece a se desenhar, a sucessão ao governo de Ceará está na agenda dos principais partidos que pretendem concorrer ao comando do Palácio Abolição. Se o governador Camilo Santana evita comentar seu futuro eleitoral, outros prováveis candidatos a sucedê-lo já falam abertamente do interesse, conforme publicou na semana passada o jornal O Estado, ao citar a disposição do PRB, do deputado Ronaldo Martins.
Além disso, outros nomes, como o presidente do senado, Eunício Oliveira (PMDB), nos bastidores, buscam viabilizar uma possível candidatura. O peemedebista é considerado uma das peças-chave para definir o rumo da eleição uma vez que ao entrar na disputa poderia unir as oposições.
O PDT já afirmou que não pretende lançar candidatura própria, pois manterá aliança com o governador Camilo Santana. Enquanto isso, vem realizando encontros regionais para, além de formar uma chapa forte à Assembleia Legislativa e Câmara Federal, fortalecer o nome do ex-ministro Ciro Gomes na disputa à presidência da República. Mas, isso não impede a legenda de articular com aliados de olho na corrida pelo governo estadual.
“Preparamos uma série de encontros regionais, mantendo a linha do que sempre fazemos de nos reunirmos nos diferentes diretórios regionais na perspectiva de discutirmos a conjuntura nacional, passando pela avaliação da conjuntura estadual e discutirmos, claro, a questão de cada município”, explicou o deputado André Figueiredo, também presidente do PDT.
Serão nove encontros, onde o último ocorrerá em Fortaleza no mês de agosto.
Sem deixar de lembrar da disputa de 2018, Figueiredo disse: “o nosso intuito é termos discussões sendo realizadas e também, claro, alicerçar o partido para o nosso projeto 2018. Teremos de eleger uma grande bancada de deputados estaduais e federais, ajudarmos na reeleição do governador Camilo Santana e também, dentro do nosso grande projeto nacional, termos uma atuação decisiva para que o PDT possa ter na figura do nosso companheiro Ciro Gomes o candidato à presidência da República, para tirarmos o país neste marasmo que aí está”.
O PR também promoveu encontro no final se semana como parte dos preparativos para o pleito do próximo ano. Formação da chapa de deputados estaduais e federais, além da discussão da chapa majoritária, estiveram na pauta da reunião. Segundo o deputado estadual Capitão Wagner, o objetivo é iniciar uma discussão sobre 2018, sobretudo na composição majoritária.
Wagner, que é presidente do PR de Fortaleza, adiantou que a legenda já pensa em nomes a serem apresentados. Inclusive, o próprio deputado é cotado para disputar um cargo na chapa majoritária – governador, vice ou senador. Além disso, de olho na reforma política em tramitação no Congresso, a sigla também se organizar para lançar uma “chapa forte” para disputar uma das vagas na Assembleia e na Câmara Federal. “Teremos uma renovação no Congresso e estamos de olho no pleito da população”, disse.
Já o deputado Heitor Férrer (PSB) afirma que o partido vem trabalhando de olho na corrida eleitoral e ele, particularmente, continua “numa pisada só”. Segundo ele, sua atuação política acaba que trazendo dividendos eleitorais, pois, de acordo com ele, “satisfaz os anseios na condução da política”.
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Quem também quer entrar no páreo o deputado federal Ronaldo Martins, aliado de Camilo Santana. Mas o próprio Martins afirma que, por ora, o partido tem conversado para atender a determinação da direção nacional. Entretanto, qualquer definição só em 2018, após ouvir todo partido. O Psol também está de olho na disputa e pretende lançar um candidato “novo”, de preferência em uma frente de esquerda – assim como fez em 2014.