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Oposição critica edital para Acquario; aliados reagem - QR Code Friendly
Quarta, 19 Abril 2017 05:38

Oposição critica edital para Acquario; aliados reagem

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A licitação da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) que destina R$ 38,717 milhões para as obras do Acquario fez ressurgir o debate sobre o assunto na Assembleia Legislativa, ontem. Membros da oposição ocuparam a tribuna da Casa para cobrar o governador Camilo Santana, que havia afirmado que não disponibilizaria mais recursos público e procuraria uma parceria junto à iniciativa privada. Aliados do Governo rebateram as críticas. O processo licitatório é de 2015, mas a validade das propostas foi prorrogada. A obra foi iniciada na gestão do ex-governador Cid Gomes (PSB).   Líder da oposição, o deputado Capitão Wagner (PR) lembrou que na votação do orçamento para 2017 ficou previsto R$ 500 mil para uma possível manutenção da obra do Acquario. “O problema é que quando essa Casa determinou que o Governo poderia gastar com o Acquario apenas R$ 500 mil, no ano de 2017, o governo lança uma licitação de mais de R$ 38 milhões. O que fez o governador mudar de opinião?”, questionou ele, acrescentando que é preciso dar respostas objetivas à população cearense sobre a questão.   O deputado criticou ainda a previsão de R$ 5 milhões que serão destinados à construção de uma praça no entorno do equipamento. “Não só o Governo vai investir dinheiro público, quando disse que não iria mais investir, como vai fazer o trabalho caro e entregar o barato para a iniciativa privada. É muita incoerência e falta de planejamento do Governo do Estado”, pontuou Capitão Wagner.   CPI Quem também subiu a tribuna foi o deputado Leonardo Araújo (PMDB). O parlamentar lembrou que o Acquario já foi objeto de um pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa, para investigar possíveis irregularidades ligadas às obras. “O deputado Audic Mota (PMDB), na época que fazia oposição nesta Casa, fez esse pedido de CPI que nunca foi instalada, além de questionar o processo de licitação do empreendimento”, relembrou, acrescentando que todo o gasto feito com a obra, até o momento, foi “irresponsável”. Para ele, o Governo deveria investir verba no combate à dengue, zika e febre chikungunya, além de ampliar os leitos nos hospitais. O deputado Audic Mota, por sua vez, sugeriu que Leonardo desse andamento ao pedido e que, mesmo assumindo a primeira secretaria, mantém sua assinatura na proposta. “Continuo defendendo os interesses do povo”, observou.   Renovação Aliados de Camilo, em resposta, criticaram a postura de membros da oposição e explicaram que a publicação de edital prevê apenas a prorrogação do prazo para a conclusão de obras de infraestrutura do Acquario. O deputado Tomaz Holanda (PPS) afirmou que, antes mesmo das obras serem retomadas, os parlamentares já estariam fazendo uma tempestade em copo d’água.   Já o deputado Júlio César Filho (PDT) explicou que, após a conclusão desta parte de infraestrutura, o Estado irá conceder àa iniciativa privada, através de parceria, para assumir o equipamento e fazer o restante da construção. “O Estado não pode deixar que os 75% construídos se percam. Este equipamento fará com que o turista prolongue em um dia a estada em Fortaleza, o que significa um incremento na cadeia produtiva do turismo”, salientou.   As críticas também provocaram reação do líder do governo, deputado Evandro Leitão (PDT). Ele informou que foi publicado a prorrogação e a revalidação das propostas da licitação realizada em 2015, e tem como escopo as intervenções previstas nos 25% finais da obra de engenharia civil, de responsabilidade da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra). “Não há nova licitação. Nada mais que uma revalidação do processo licitatório que aconteceu em agosto de 2015”, disse ele, reforçando o entendimento de Camilo Santana de que não haverá recursos novos investidos no empreendimento. “A empresa que assumir vai concluir o empreendimento instalando o Acquário em si. Ou seja, os tanques, toda tecnologia, a vida marinha etc”, explicou.   “Morde a língua” Roberto Mesquita (PSD), porém, manifestou incompreensão com a atitude do Executivo e afirmou que Camilo Santana “morde a língua” quando volta atrás na decisão de não investir mais no empreendimento. Mesquita sugeriu ainda que o governador siga o exemplo do Governo Federal, que realizou uma concessão para uma empresa privada concluir a obra de reforma do Aeroporto Pinto Martins. “São quase R$ 40 milhões numa obra que continuará parada, então é melhor que se gaste em algo que sirva para o povo”, frisou.  
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