Stanley Leão, suplente de deputado estadual e até bem pouco presidente estadual do PTC, afastado por decisão judicial que tornou seu efeito a decisão do diretório nacional que o nomeou presidente, acompanhado do vereador Casimiro Neto (PP), vieram à redação do Diário do Nordeste, ontem, contestar as acusações feitas pelo deputado Carlomano Marques (PMDB) e pela vereadora Toinha Rocha (PSOL), na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal, respectivamente. Carlomano e Toinha disseram, em pronunciamentos nas sessões ordinárias de ontem, que o suplente de deputado estadual Stanley Leão, genro de Casimiro, vendeu o PTC para o PT de Fortaleza, ao negociar um precatório da Prefeitura de Fortaleza de R$ 3 milhões, em parcelas de R$ 500 mil. E ainda fizeram referências a convênios celebrados entre a Prefeitura de Fortaleza e uma familiar de Casimiro e Stanley, com a finalidade de ambos emprestarem apoio à candidatura de Elmano de Freitas (PT) à Prefeitura de Fortaleza. Beneficiado Ambos negam que seus partidos tenham sido beneficiados por meio de convênios ou de precatórios da Prefeitura de Fortaleza em troca de apoio à candidatura do PT em Fortaleza. "Não existe nada disso", disse Stanley Leão. "Hoje, a Toinha falou que a minha mãe recebeu R$ 3 milhões em precatórios", disse Casimiro Neto. "Nós já temos uma certidão da Procuradoria Geral do Município (PGM) mostrando que não há nada em nome da ex-vereadora Maria José (sua mãe)", afirmou o vereador. Casimiro e Stanley Leão relataram que ontem mesmo acionaram os seus advogados e que tomarão as medidas judiciais cabíveis. "Eles estão partindo para o campo pessoal", disse Casimiro. Para Stanley Leão, as declarações de Carlomano Marques e Toinha Rocha foram feitas sob orientação dos opositores da prefeita Luizianne Lins na Câmara. Para Stanley Leão, os ex-dirigentes do seu partido estariam responsabilizando-o por ter sido destituído do PTC estadual, e que por isso estariam fazendo essas denúncias. Sobre o deputado Carlomano Marques, o presidente estadual do PTC diz que "a vida dele é intimidar os deputados". E acusou o peemedebista, que também é opositor da gestão Luizianne, de estar a serviço de terceiros no Legislativo estadual. Embora não tenha sido específico sobre qual seria o interesse de Carlomano. "O Carlomano deve cuidar do PMDB, não do PP e PTC", disse o vereador. Casimiro Neto, que é sogro de Stanley Leão, diz não ter qualquer envolvimento com o PTC estadual. E que estaria sendo atacado apenas pelo grau de parentesco que tem com o novo presidente do partido no Ceará. Casimiro disse ainda ter recebido com surpresa o questionamento da vereadora Toinha Rocha no plenário da Câmara Municipal. "A ligação que eles fazem comigo é porque ele é meu genro. Meu partido (PP) não tem nada a ver com o PTC. E nós deveremos sair (coligados) é com o PCdoB (nas eleições municipais)", disse o vereador. O PTC, em razão da briga interna, realizou duas convenções municipais em Fortaleza.