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Petistas querem Lula pré-candidato em junho - QR Code Friendly
Quinta, 23 Fevereiro 2017 03:41

Petistas querem Lula pré-candidato em junho

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Elmano de Freitas, presidente do PT Fortaleza, diz que a indicação de Lula neste ano seria reação a ataques enfrentados pelo ex-presidente Elmano de Freitas, presidente do PT Fortaleza, diz que a indicação de Lula neste ano seria reação a ataques enfrentados pelo ex-presidente ( Foto: José Leomar )
Os deputados cearenses do Partido dos Trabalhadores (PT), juntamente com lideranças das mais diversas áreas da legenda Brasil afora, querem propor, já em junho, durante o congresso nacional da sigla, a indicação do nome do ex-presidente Lula para a disputa eleitoral de 2018. De acordo com os petistas, é necessário avançar em um diálogo mais próximo com a população, sem deixar de reconhecer os erros cometidos pela agremiação ao longo dos anos.   Presidente do partido em Fortaleza, o deputado estadual Elmano de Freitas afirma que vai defender a antecipação da pré-candidatura do ex-presidente já em junho. Para ele, as táticas eleitorais no Ceará para a disputa em 2018 devem ser subordinadas à candidatura de Lula como candidato do PT. "Queremos lançar logo a pré-candidatura do Lula, apresentando ao povo que o PT vai ter candidato e é o Lula".   Já há algum tempo, porém, o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) vem se colocando como possível candidato à Presidência da República, tendo no Ceará o governador Camilo Santana (PT) como principal aliado. Quanto a isso, Elmano destaca que há um sentimento grande dentro do partido, em todos os cantos do Brasil, para antecipar a indicação de Lula ainda neste ano, visto o processo de ataques que enfrenta o ex-presidente.   Autocrítica   Ele defende, porém, uma autocrítica dos governos petistas, sendo uma delas à ausência de reforma estrutural. Segundo o parlamentar, mais importante no momento, contudo, seria a reforma do sistema político brasileiro. "Lula governou dentro de um sistema podre e nós precisamos atacar isso de frente, pois não é possível manter um Congresso Nacional como o que temos. Precisamos retirar do parlamento e colocar para o povo brasileiro decidir. Precisamos avançar por uma democracia semi-direta", argumentou Elmano.   O petista ressalta, ainda, que é necessária a volta do crescimento econômico, o que seria feito com base no investimento no mercado interno, como Lula já implementou no seu governo. Segundo ele, a aposta na iniciativa privada com redução da abrangência do Estado é um modelo que já fracassou, sendo necessária mudança de crescimento baseada no mercado interno de massa e exportação.   A deputada Rachel Marques (PT) afirma que a indicação do nome de Lula como pré-candidato à Presidência da República não seria apenas uma antecipação, mas uma forma de fazer o debate de um modelo de desenvolvimento diferente do implantado pelo Governo Michel Temer (PMDB). "Temos uma grande liderança no partido, com um legado extraordinário, e nesse momento é importante para se fazer o contraponto diante do retrocesso que estamos tendo no País", disse.   Ela também lembrou o governo de Lula quando, diante da crise econômica internacional, ele investiu no consumo popular, além da distribuição de renda. "É importante a gente ter que lançar o nome para fazer essa discussão do desenvolvimento econômico para o País".   Forças reacionárias   "Nós defendemos que ele seja indicado a partir de agora", disse o deputado Manoel Santana (PT), ressaltando que há uma disputa política intensa com viés eleitoral imposta, segundo ele, por forças reacionárias que perseguem o ex-presidente. O parlamentar destacou, ainda, que há uma falta de rumo político no atual Governo que, em suas palavras, "não sabe onde quer chegar, a não ser no intuito de tirar direitos dos trabalhadores".   No entanto, Santana defende a instalação de um programa claro, que saiba onde quer chegar e com discurso claro para a população. "Devemos começar a fortalecer o debate em cima de uma política programática. Se diz que é necessário uma política de emprego e renda, mas qual vamos fazer? Qual proposta que vamos apresentar para o déficit da Previdência, se é que existe um? E a Saúde? É isso que deve ser colocado agora", destacou.
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