A deputada Fernanda Pessoa (PR) denuncia a situação da segurança pública no interior do Ceará. Segundo ela, no interior do Estado, se vive um clima de insegurança, com os “bandidos cada vez mais armados, enquanto os moradores das cidades pedem socorro”.
A parlamentar afirma que os moradores dos municípios do Interior estão “apavorados”. “Mais uma prova da total falta de segurança pública é a enorme quantidade de ações contra agências bancárias e cidadãos. São assaltos a agências bancárias, carros fortes, malotes e cidadãos; arrombamentos de caixa eletrônico e bancos; e saidinhas bancárias”.
De acordo com os dados do Sindicato dos Bancários do Ceará, conforme a parlamentar, apenas este ano, foram 14 ataques a bancos. Em 2016, o sindicato contabilizou 78 ataques. “Para se ter uma ideia, em Tejuçuoca, por exemplo, a Polícia Militar informou que cerca de 10 bandidos invadiram a cidade fortemente armados. Eles se dividiram. Parte do grupo invadiu a agência e explodiu o banco. E outra cercou o destacamento policial da cidade. Os assaltantes trocaram tiros com a polícia, mas ninguém ficou ferido. Moradores da cidade disseram que foram mais de 20 minutos de tiroteio. Foi um verdadeiro terror”, frisou.
Cenas de pânico também foram registradas em Missão Velha, disse Fernanda Pessoa. Lá duas pessoas foram feitos reféns e serviram de escudo humano na troca de tiros com a polícia. Como disse a deputada, a quadrilha estava fortemente armada com fuzis. “Como vemos já há alguns anos estes ataques têm criado medo e pânico na população. As cidades ficam sitiadas, a mercê de bandidos. Em muitas cidades do interior, as agências passaram meses para serem recuperadas ou nunca foram e, enquanto não voltam a funcionar, a população enfrenta uma rotina de transtornos e dificuldades”, observou.
A deputada pediu que o Estado, além de dotar a força policial com carros, equipamentos e armamentos, também aumente o efetivo, e melhore a formação e qualificação dos policiais. “Os efeitos cotidianos da violência e da criminalidade são sentidos, em primeiro lugar, pela comunidade. Precisamos de uma sociedade mais segura”, alertou.