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Oposição planeja intensificar cobranças na AL - QR Code Friendly
Quarta, 18 Janeiro 2017 04:16

Oposição planeja intensificar cobranças na AL

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Deputado Carlos Matos (PSDB) defende que, mais importante do que um bloco numeroso, é uma oposição que acompanhe os passos do Governo Deputado Carlos Matos (PSDB) defende que, mais importante do que um bloco numeroso, é uma oposição que acompanhe os passos do Governo ( Foto: José Leomar )
Apesar de estarem em menor número neste ano, os opositores ao Governo de Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará prometem intensificar cobranças em áreas que consideram prioritárias para a população cearense a partir de fevereiro, quando serão retomados os trabalhos legislativos da Casa. No entanto, ao que tudo indica, os deputados estaduais oposicionistas não estarão unidos em prol de uma pauta em comum em 2017, visto que cada um tem demandas específicas a tratar.   No ano passado, a bancada de oposição perdeu quatro nomes que agora fazem parte da base governista na Assembleia: João Jaime (DEM), Tomaz Holanda (PMDB), Agenor Neto (PMDB) e Audic Mota (PMDB). Por outro lado, viu uma crescente nas participações de Roberto Mesquita (PSD) e Odilon Aguiar (PMB), os quais deixaram os quadros de aliados do Governo.   Na noite de ontem, deputados de um bloco de oposição se reuniram para decidir se iriam ou não se manter unidos neste novo período legislativo. Eles se uniram em 2016 somente para participar da chapa que indicou Sérgio Aguiar (PDT) como candidato à Presidência da Casa. São membros do grupo: Fernanda Pessoa (PR), Capitão Wagner (PR), Carlos Matos (PSDB), Aderlânia Noronha (SD) e Ely Aguiar (PSDC).   Qualificação   Para Capitão Wagner, que até então é líder do bloco dos cinco parlamentares, um grupo menor "é mais fácil de se trabalhar". Antes da reunião, ele disse ao Diário do Nordeste que seu interesse é manter o grupo unido, visando uma maior qualificação da oposição, com participação efetiva no Plenário 13 de Maio.   No entanto, Wagner ressaltou que não há garantia de permanência do bloco durante o ano. O encontro não havia terminado até o fechamento desta matéria. Ele acredita que a crise hídrica deve ser um dos principais temas tratados pela oposição junto ao Governo, pois considera que a gestão estadual tem colocado a "culpa" da falta de recursos no Governo Federal, mas não está "fazendo sua parte". Wagner diz, ainda, que investimentos em Saúde e Segurança Pública ainda não tiveram efeito desejado pela população.   O deputado Renato Roseno (PSOL), que tem atuado de forma isolada na Assembleia, afirma que, para além dos deputados, há uma crescente da oposição na sociedade. "O reajuste fiscal do Governo Temer, reproduzido nos governos estaduais, tem gerado efeitos negativos na vida da maioria da população".   Já Heitor Férrer (PSB) avalia que a oposição perdeu em quantidade e qualidade, mas diz que não há necessidade de unidade entre os membros, uma vez que tal postura, para ele, ampliaria a visão da bancada oposicionista. Heitor projeta que, mesmo com uma oposição reduzida, o Governo Camilo deve passar por dificuldades neste ano, visto que, em sua opinião, não cumpriu promessas de campanha.   "Cadê o polo metal-mecânico que ele prometeu? As casas do Minha Casa, Minha vida? Cadê as UPAs nas cidades acima de 50 mil habitantes? O Governo Camilo é fraco e se arrasta insípido, inodoro e incolor", criticou.   Trocas   Para Leonardo Araújo (PMDB), a troca de titulares da Secretaria de Justiça e da Secretaria de Segurança demonstra que Camilo Santana não vinha atuando bem no combate à violência, e este deve ser um dos pontos atacados pelos oposicionistas. Segundo ele, o Acquário Ceará também deve voltar à pauta de críticas apontadas pela bancada.   Silvana Oliveira (PMDB) opina que a oposição deve intensificar, nos próximos meses, fiscalização na área da Saúde. Carlos Matos (PSDB), por sua vez, defende que, mais importante do que quantidade, é fazer uma oposição que acompanhe os passos do governador. "Nossa oposição, apesar de pequena, é atuante, vibrante, e se dedica sobre as causas, não tratando os temas de forma superficial ou querendo jogar para a plateia", sustentou.
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