Os médicos federais fizeram paralisação nacional, ontem, contra a Medida Provisória (MP) 568/2012. A MP visa reduzir em 50% as tabelas salariais de todos os médicos civis do serviço público federal. A categoria esteve na Assembleia Legislativa para conversar com os deputados.
Após as manifestações, o governo federal recuou na decisão de reduzir o valor dos salários pagos aos profissionais. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que houve um "erro" na edição da MP que provocou a redução, o que será corrigido durante a tramitação na Câmara e no Senado.
Os atendimentos eletivos no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), que seriam suspensos, aconteceram normalmente, conforme explica Florentino Cardoso, superintendente destas unidades. "Não temos nada contra o protesto. O que eles estão pleiteando é legítimo. Quando decretarem greve, aí sim, a situação será diferente", declara Cardoso.
Às 9h de hoje, os servidores da UFC farão protesto em frente ao HUWC contra a privatização e terceirização no local.
Correios
O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE) também devem paralisar as atividades, hoje, em todo o Estado. Os funcionários dos Correios reclamam, principalmente, das condições precárias de trabalho, do sucateamento dos prédios e da falta de funcionários, o que contribuiria para o atraso das correspondências. Também lutam contra Sistema de Avaliação de Produtividade.
Institutos federais
Está prevista para hoje assembleia entre docentes e técnicos administrativos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCEs), às 16h, na sede de Fortaleza. O evento reúne 20 campi, com exceção das sedes de Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato. A categoria reivindica o direito à data base e reposição das perdas inflacionárias acumuladas de 2010 a 2012, que representam 22% de aumento salarial.
"Essa é a luta de todos os sindicatos do serviço público federal", afirma Marcelo Marques, membro do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Sindsifce). Ele informa que a categoria busca a reestruturação da carreira, tanto dos docentes quantos dos técnicos-administrativos. "Devemos aprovar a greve", acredita.