O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi a sigla que mais elegeu prefeitos no Ceará, com um total de 52 eleitos, seguido por PMDB e PSD. Para lideranças partidárias entrevistadas pelo Diário do Nordeste, o êxito de candidaturas pedetistas no Estado formataram uma base forte que viabilizam uma possível candidatura à Presidência da República, em 2018.   Para o presidente do Poder Legislativo, Zezinho Albuquerque (PDT), o PDT se fortaleceu no Ceará. "Junto com aliados, ganhamos em alguns municípios grandes, como Juazeiro do Norte, Crato e Sobral", disse. Segundo ele, a presença das lideranças de Cid e Ciro Gomes foi essencial para que a legenda obtivesse êxito.   "Eles são nossos líderes e aqui em Fortaleza, temos como líder o prefeito Roberto Cláudio. Ele recebeu muitos ataques nas eleições, e percebemos o quanto está preparado para o segundo turno". Zezinho ressaltou que o maior crescimento do PDT aconteceu no Ceará, o que faz com que os pedetistas pensem em uma disputa à Presidência em 2018.   Ele ressaltou, no entanto, que ainda é cedo para pensar no próximo pleito eleitoral, visto que muito ainda tem para acontecer, principalmente, no que diz respeito ao desempenho dos prefeitos eleitos, que formarão a base para a disputa majoritária em 2018. "Em um espaço de 45 dias aqui, prefeitos que estavam, praticamente, eleitos passaram de bons para maus com a a queda da folha de pagamento. A previsão da política em 2 anos é muito difícil, mas o PDT, com seus filiados, fizeram o dever de casa", ressaltou.   Nos bastidores da Assembleia, ontem, muito se falou sobre a queda de representatividade do Partido dos Trabalhadores (PT) tanto nas casas legislativas quanto nas prefeituras. Candidato derrotado no primeiro turno, o deputado Elmano de Freitas (PT) não compareceu à sessão de ontem. Moisés Braz (PT) também se ausentou, enquanto que Rachel Marques (PT) e Manuel Santana (PT), apesar de terem comparecido à sessão, não ficaram até o término dos trabalhos.   "Estamos vendo aí que o PT foi o partido que mais perdeu vagas. Mas o próprio PSDB está se recuperando agora. Isso mostra que o ser político nunca morre, e daqui a pouco o PT se recupera, como o foi com o PSDB. É assim a política", ressaltou.   De acordo com José Sarto (PDT), o partido fez "o dever de casa" no Ceará, e além de ter se saído bem na disputa municipal conta com o apoio de alguns aliados que também se saíram vitoriosos ao término das eleições no primeiro turno. De acordo com ele, com a uma vitória da sigla em Fortaleza, a possibilidade de apoiar um candidato a presidente no próximo pleito se tornam ainda maior.   Dinheiro   Segundo ele, o resultado já era aguardado, pois não somente os pedetistas se saíram vitoriosos, mas outros aliados, que não puderam ingressar no PDT e estão aliados com o grupo liderado por Ciro e Cid Gomes. "A candidatura à Presidência é um tema discutido no PDT nacional, haja vista a deterioração de lideres nacionais, e o País precisa de lideranças, onde o Ciro se encaixa no perfil", disse.   Danniel Oliveira (PMDB) destacou que o volume de dinheiro na campanha foi menor, e em geral foi mais vantajoso para essa eleição do que em pleitos passados. Ele destacou que o PMDB elegeu 28 prefeitos, enquanto que PSD elegeu 16 e PSDB 15. "Aumentamos muito a oposição e vamos estar de igual para igual com os partidos que apoiam o governador Camilo e o grupo de Cid Gomes", avaliou.   Para Fernanda Pessoa (PR), os 45 dias de campanha foram positivos para quem tem na política o trabalho do dia a dia, enquanto que aqueles que só aparecem em tempo de eleição tiveram mais dificuldades. O PR elegeu 13 prefeitos de 30 candidatos, e se fortaleceu, segundo ela, ajudando o grupo de oposição ao Governo local, grupo esse formado, principalmente, por PR, PSDB e PMDB.   Walter Cavalcante (PP) analisou que o PT não escutou a voz das ruas e teve redução de sua militância, que na opinião do parlamentar, "apesar de aguerrida, era financiada com recursos públicos.