O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (PDT), recebeu do deputado Carlos Matos (PSDB) relatório da visita feita por uma comitiva de cinco deputados estaduais e lideranças empresariais às obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco. Após a apresentação do material, o parlamentar subiu à tribuna da Casa para externar preocupação com a possibilidade de as águas não chegarem ao açude Castanhão.
De acordo com o tucano, o Ceará não se preparou para receber as águas do Rio São Francisco. "O canal mais importante da Transposição seria em Icó, vindo da Paraíba, para descer e chegar em Orós". Ele disse ter consultado especialistas na área que lhe asseguraram que o Cariri se configura em região "esponjosa".
Segundo ele, de cada 100 litros de água que cai das chuvas, somente 13 chegam aos açudes, mas lá na região o número cai para apenas 1%. "O canal que deveria ter sido feito foi trocado, segundo informações que recebi do Governo do Estado, para favorecer o Cinturão das Águas, que não é prioritário nesse momento porque não tem fonte hídrica".
Em contraponto, o deputado Sérgio Aguiar (PDT) disse não ter o mesmo grau de pessimismo do colega. Sobre os poços profundos, ele afirmou que o Governo do Ceará tomou a decisão de fazer com que os 20 consórcios intermunicipais de saúde recebam, cada um, uma máquina perfuratriz para deixar de saturar as sete máquinas de poços profundos da Sohidra.
Evandro Leitão defendeu o governo e disse ter recebido da Secretaria da Infraestrutura compromisso de que a construção do Cinturão das Águas não atrasará o andamento da obra