Maior força de oposição no Ceará, bloco entre PMDB, PSDB e PR “paralisou” negociações para a eleição deste ano até votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), marcado para esta sexta-feira.     Segundo o vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena (PMDB), possível saída da presidente “mudaria completamente” o cenário político local. “Caso o Michel Temer (PMDB) se torne o presidente da República, muda absolutamente tudo. Porque ele precisaria de uma grande coalizão nacional, com muitos partidos”.     A mudança, afirma Gaudêncio, provocaria ainda verdadeira “debandada” na base de Roberto Cláudio (PDT) para a oposição. “Muitos partidos que estão hoje na base do prefeito farão parte da discussão de um novo governo, viriam para dentro desse governo”.     Para o vice-prefeito, o cenário do PMDB na presidência também implicaria em uma candidatura própria da sigla na Capital. Atualmente, o partido estuda se entra na disputa ou apoia Capitão Wagner (PR) ou Heitor Férrer (PSB).     “A única coisa certa hoje é que nós (bloco PMDB, PSDB e PR) temos um compromisso de estarmos juntos no segundo turno. Mas, no mais, ainda será discutido e decidido”, afirma.     O POVO procurou o Capitão Wagner e Heitor Férrer para comentar o caso, mas ambos não atenderam ligações. Já o prefeito Roberto Cláudio tem evitado comentar disputa por sua sucessão. Nos bastidores, no entanto, o gestor tem intensificado diálogos e entrega de ações de olho na disputa deste ano.