A deputada Rachel Marques (PT) ocupou a tribuna do plenário da Assembleia Legislativa, ontem, para se solidarizar com o ex-presidente Lula e sua família pela condução coercitiva na Operação Lava Jato, ocorrida na última sexta-feira (4/03).
“O que aconteceu merece o nosso repúdio. O ex-presidente Lula foi constrangido por uma operação com 200 policiais, mesmo nunca se opondo a prestar esclarecimentos”, disse.
Colaborador
Segundo a parlamentar, o ex-presidente sempre colaborou com as investigações, inclusive, prestou informações para quatro inquéritos quando foi convocado. “Foi uma ação desnecessária”, afirmou a petista. Rachel Marques disse ser contra qualquer condução coercitiva feita de forma desnecessária, como foi o caso. “Não há provas de nenhum crime cometido por Lula, mas esta operação está cheia de ilegalidades e fins políticos”, acrescentou.
A deputada condenou ainda o “circo midiático” construído em torno do acontecimento, sugerindo que a ação teve como objetivo desmoralizar o ex-presidente o fazendo depor precocemente. A parlamentar ressaltou ainda as declarações de apoio do Diretório Nacional dos Partidos dos Trabalhadores e do governador Camilo Santana em solidariedade ao ex-presidente Lula. “Me somo a eles e parabenizo o ex-presidente Lula por não baixar a cabeça nesse momento”, frisou.
Na ocasião, o deputado George Valentim (PCdoB) se associou ao pronunciamento da deputada Rachel Marques e afirmou que a condução coercitiva do ex-presidente foi uma medida incabível.
Contra
Para a deputada Dra. Silvana (PMDB), a ação não foi humilhante, pois as provas do processo exigem o depoimento do ex-presidente Lula. Já o deputado João Jaime (DEM) esclareceu que a condução coercitiva é usada diariamente e isso não pode ser visto como demérito ou desmoralização. “Nesta operação, vários investigados foram conduzidos e não houve nenhum protesto. Lula está sendo investigado, não porque tirou milhões de brasileiros da pobreza, mas por ter permitido uma corrupção desenfreada em nome de um projeto político para se perpetuar no poder”, afirmou.