A nova bancada do PDT na Assembleia Legislativa ainda discutirá sobre os futuros líderes do partido na casa. Os deputados estaduais aguardam o fim da janela de 30 dias, com o troca-troca partidário, para definir se há ou não a necessidade de fazer modificações. Atualmente, o deputado Ferreira Aragão (PDT) desempenha a função de líder da bancada na AL.   O argumento deles é de que seria prudente esperar, pois alguns parlamentares ainda estudam ingressar na sigla, o que poderia ampliar o leque de opções.   Além disso, nos bastidores, a informação é de que o ex-governador Cid Gomes (PDT) estaria insatisfeito com o número de deputados do PDT na Assembleia. Para isso, ordenou aos deputados ampliar as conversas e atrair novos parlamentares. No radar do grupo, segundo fontes ouvidas por O Estado, estariam políticos do PP e do PTB.   O presidente da AL, Zezinho Albuquerque (PDT), reconhece que esperar o fim da janela não seria necessário, pois, segundo ele, não trará prejuízo à discussão, mas defende que seria de “bom senso” aguardar o fim do período. “Nós vamos deixar para depois esta discussão. Vamos ver algumas mudanças. Logo após, sentamos para discutir como ficará o bloco e as lideranças”, disse o pedetista ao jornal O Estado.     Blocão O deputado Sarto Nogueira (PDT) vai na mesma linha. Para ele, é “boa” a tese de esperar o fim da janela para reavaliar o grupo. Mas, segundo adiantou o parlamentar, o cenário se desenha para um novo bloco formado por PDT, PT, PP e PCdoB. Caso se confirme, continuará sendo a maior bancada do Legislativo estadual, com cerca de 23 parlamentares, segundo os cálculos de Sarto. Isso porque PSD, fundado em 2012, e o PMB, criado no final do ano passado, passaram a ter a segunda maior bancada do Legislativo estadual, após sua união em bloco partidário na Assembleia. “Na verdade, temos um bloco e, depois destas movimentações caminhamos para formação de outro. Vamos aguardar. Depois disso, vamos reorganizar”, disse Sarto, acrescentando que “não deverá ter muitas alterações”.   Tempo O deputado Ivo Gomes (PDT), por sua vez, avaliou que talvez não seja necessário um rearranjo, uma vez que houve uma migração em bloco. Mas, segundo ele, tudo será definido em momento oportuno. “Cada dia com sua agonia”, minimizou. Sobre o assunto, o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, também ministro das Comunicações, afirmou que, futuramente, o assunto deve ser discutido pelos parlamentares e não deve haver resistências por parte deles. “Se for renovar, será discutido sem maiores traumas, assim como foi discutido a entrada das novas forças no PDT”, frisou o ministro. Na última quinta-feira (03), o PDT do grupo Ferreira Gomes incorporou todos os deputados do Pros no Estado. Na ocasião, além dos nove deputados estaduais, se filiaram quatro federais e cinco vereadores de Fortaleza. Dessa forma, o PDT se tornou a maior bancada da Assembleia Legislativa do Ceará.   Janela A janela para troca partidária sem risco de cassação de mandato por infidelidade foi aberta em 18 de fevereiro, após promulgação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e segue até o dia 18 deste mês.   Saiba mais Durante todo o mês de março, haverá eventos em diversas regiões do Estado para buscar novos filiados e lideranças para o PDT.