Alguns criticaram o fato de a Capital ter sido apontada como a segunda pior cidade do Ceará em aprendizagem
O resultado do Sistema Permanente de Avaliação Básica (Spaece) foi o foco de debate, ontem, na Assembleia. Enquanto alguns deputados criticaram o fato de Fortaleza ter sido apontada como a segunda pior em aprendizagem, outros destacaram o avanço obtido pelo Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic).
Se antes a escola pública na Capital cearense era referência, hoje, lamentavelmente, avalia o deputado Heitor Férrer (PDT), Fortaleza disponibiliza a segunda pior escola pública do Estado. Para ele, o resultado do Spaece é uma "tragédia" e um "desastre".
Segundo o deputado Fernando Hugo (PSDB), desde a primeira realização do Spaece/Alfa, em 2008, a educação pública de Fortaleza vem apresentando resultados insatisfatórios. Para ele, a posição obtida pela Capital é "um absurdo".
Já o deputado Osmar Baquit (PSD) observou que 2011 foi marcado por uma greve de professores, o que, no seu entendimento, desestabiliza qualquer projeto para a área.
Complexidade
Enquanto isso, o líder do governo, Antônio Carlos (PT), fez questão de repetir o que a secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, alegou durante a apresentação do Spaece/Alfa: que não se pode comparar a complexidade da rede de Fortaleza com cidades menores.
Conforme o deputado Welington Landim (PSB), a maioria dos administradores não investia em educação porque os resultados deveriam ser colhidos a longo prazo. Porém, ressalta, a atual gestão estadual teve a "coragem" de fazer isso.
Para a deputada Miriam Sobreira (PSB), integrante da Comissão de Educação da Assembleia, o argumento da prefeita Luizianne para justificar a pesquisa não convence. "Se o município é maior, os recursos também são maiores. Não é uma questão de tamanho, é uma questão de gestão", diz a deputada, que acrescenta: "Esse declínio da educação em Fortaleza precisa ser estudado e resolvido".