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Educação municipal acirra debate na Assembleia - QR Code Friendly
Sexta, 19 Fevereiro 2016 06:37

Educação municipal acirra debate na Assembleia

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A educação pública ganhou destaque nos debates proferidos, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará. Uma moção de repúdio ao prefeito Roberto Cláudio (PDT), apresentada pelo deputado Capitão Wagner (PR) e colocada em votação em plenário, causou irritação de aliados e esquentou o debate. Wagner tomou por base a denúncia de que, na volta às aulas, os alunos de uma escola da rede pública foram colocados em salas, sentados no chão. O debate, em plenário, ganhou corpo. Foram mais de duas horas de discussão, e a base do Governo conseguiu a reprovação do requerimento do republicano.   “Acho injusto, uma indelicadeza para quem está dando tudo de si pela educação de Fortaleza”, abriu a discussão o deputado Ivo Gomes (Pros), pontuando que o debate era “paroquial”. Ivo, que foi secretário da Educação de Roberto Cláudio, frisou que, hoje, em Fortaleza, há 3.000 salas de aulas apenas para o ensino fundamental, além de 400 prédios, sendo ainda Fortaleza a quarta maior rede de ensino do País. “Nós temos muitos avanços na educação. Eu fiz parte desta gestão e sou um entusiasta. Antes, tínhamos 10 mil alunos matriculados em creche, hoje, temos 17 mil”, acrescentou.   O parlamentar classificou o episódio dos alunos assistindo aulas sentados no chão como erro de gestão escolar. “No almoxarifado da Prefeitura, tem carteiras até a tampa. Se estão fazendo licitação é para o futuro”, pontuou. “No máximo, caberia, aqui, uma moção de repúdio ao secretário municipal ou à própria diretora da escola”, acrescentou.   Já o deputado Elmano de Freitas (PT) defendeu a gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT) e frisou que, das 3.000 salas de aulas, 1.000 foram da gestão da petista, assim como a construção de várias creches de tempo integral. “Então, há uma discussão de que o prefeito não pode mexer nos 60% do Fundeb, mas nós sabemos que ele está mexendo”, relembrou a polêmica.   Incompetência “Não sei o que pior, aceitar o que foi dito pelo chefe de distrito de educação, que disse que o problema iria ser sanado com a licitação de 27 mil carteiras, ou concordar com o que o Ivo Gomes disse, que tinha carteira fazendo lama e não foi utilizada” criticou o deputado Capitão Wagner (PR), autor da moção. “Isso é incompetência da gestão e merece repúdio sim”, defendeu o requerimento. O parlamentar lembrou que denúncias dão conta ainda de que, em outras escolas, o problema foi recorrente. “Esse tema até parecia pequeno, mas tornou um debate nessa casa, por ser bem mais abrangente”, entrou na discussão o deputado Audic Mota (PMDB). “Até achei seu requerimento, no primeiro momento, um pouco paroquial, mas, agora, ouvindo o contexto, estou me convencendo a votar a favor. A educação diz respeito ao direito de crianças e adolescentes do nosso Estado”, afirmou o deputado Audic Mota, defendendo o mérito da questão.   Se colocando a favor da proposição do republicano, o deputado Carlos Matos (PSDB), questionou: “O que esperar da juventude que não tem uma educação de qualidade? Como olhar para o ranking de Fortaleza e ver o quanto estamos atrasados, apesar do avanços alegados?”, ressaltou. “É muito simbólico ver uma criança sem ter uma cadeira para sentar, é um desrespeito com ela. Se nós estivéssemos recebendo um desembargador e não tivéssemos uma cadeira para ele sentar, seria chocante”, frisou, acrescentando que o planejamento do Estado, no que diz respeito à qualidade dos serviços públicos, precisa ganhar melhoria de forma acelerada.
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