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PSDB está dividido sobre candidatura na Capital - QR Code Friendly
Quinta, 21 Janeiro 2016 04:16

PSDB está dividido sobre candidatura na Capital

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A posição do PSDB para o pleito municipal será discutida em encontro do dirigente estadual da sigla, Luiz Pontes, com o senador tucano Aécio Neves A posição do PSDB para o pleito municipal será discutida em encontro do dirigente estadual da sigla, Luiz Pontes, com o senador tucano Aécio Neves ( Foto: José Leomar )
  Visado por partidos de oposição que já têm pré-candidatos definidos para disputar a Prefeitura de Fortaleza em 2016, no PSDB, o cenário ainda é de indefinição quando o assunto é o nome que lançará - ou apoiará - para as eleições municipais. Lideranças da sigla entrevistadas pelo Diário do Nordeste afirmam que, internamente, não há consenso: enquanto uns sustentam a necessidade de candidatura própria, outros defendem aliança com outra chapa, fortalecendo uma possível frente oposicionista. A decisão final só deve ser tomada entre fevereiro e março. Isso porque, depois do Carnaval, o presidente estadual da sigla, o ex-senador Luiz Pontes, terá encontro com o presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves, em Brasília, e depois se reunirá também com o senador cearense Tasso Jereissati. Até lá, segundo ele, a ideia é lançar candidato tucano, mas diz que o PSDB não está fechado aos partidos que o procuram. "Acho que o PSDB tem todas as condições de mostrar um projeto para a cidade de Fortaleza, e mais importante do que o nome é o projeto, até porque o PSDB tem que mostrar o que fez quando foi governo do Estado do Ceará. Eu já tive oportunidade de conversar com algumas pessoas, o Tasso já recebeu o Capitão Wagner (pré-candidato do PR), o Heitor (Férrer, pré-candidato pelo PSB), mas não decidimos nada. A executiva nacional tem uma proposta de todo município acima de 100 mil habitantes não deixar de ter candidato", afirma. Em meio a um processo de reestruturação do partido no Estado, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos argumenta, ainda, que o momento pode ser propício para ter candidatura própria, "tendo em vista que, nas eleições passadas, não só o senador Tasso, mas também os deputados federais e estaduais do PSDB tiveram expressivas votações em Fortaleza, sinal de que a sigla está presente". Ele diz, porém, que, em março, um novo fator pode interferir na definição. É que, pela janela partidária, Gomes de Matos aposta numa movimentação dos atuais vereadores, que poderão mudar de agremiação sem perder o mandato. Esses novos membros, então, poderiam alterar os rumos de um consenso. "Reservadamente, alguns já procuraram o PSDB para se filiar. Se fosse decidir na segunda-feira, uma boa parte dos integrantes sinalizaria de a gente ter uma candidatura própria, para marcar espaço em Fortaleza, gerar segundo turno e abrir debate em nível local na perspectiva de 2018. Mas em março, como tem esse fator novo de vereadores mudarem de partido, o quadro deve ser totalmente diferente do atual", projeta. Segundo plano O deputado estadual Carlos Matos, por sua vez, acredita que, mesmo se decidir aliar-se a outra legenda, o PSDB não será mero coadjuvante na campanha. "Participar da campanha e ter um projeto para Fortaleza seria um ponto vital para qualquer aliança. Fortaleza está vivendo graves desafios, na área de mobilidade, saúde, educação, e o PSDB tem muita experiências nessas áreas", defende o tucano. Segundo ele, também não foi discutido, ainda, se há chances de, em uma coligação encabeçada por outro partido, o PSDB lançar um nome para o cargo de vice-prefeito. "Não chegou a se discutir isso ainda, as pedras estão no tabuleiro", diz. Carlos Matos, assim como Raimundo Gomes de Matos, já se colocou à disposição da sigla no caso de candidatura própria. Questionado se alimenta uma vontade pessoal por disputar a eleição, o deputado estadual afirma que o diretório do PSDB tem se reunido para não fazer da decisão uma disputa pessoal, mas uma resposta do partido aos desafios da Capital. "Qualquer político do Estado do Ceará que não tem o desejo de contribuir com Fortaleza deu as costas para a política. A obsessão por cargos já traiu a vida de muitos políticos e muitos partidos, então tudo deve girar em torno do projeto. Eu sei que, diante do desafio, eu não fujo da raia, porque estou muito novo para ser medroso".
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