O deputado Roberto Mesquita (PV) informou, ontem (08), que a assessoria jurídica da CPI do Dpvat, na Assembleia Legislativa, comunicou ao relator da Comissão, deputado Fernando Hugo (SD), o risco de os trabalhos serem suspensos por decisão judicial. Isso a partir das investigações conduzidas pelo Colegiado sobre a suposta participação da Seguradora Líder DPVAT em fraudes no seguro.
roberto mesquita na foto de máximo moura
De acordo com o parlamentar, a alegação para o risco de suspensão dos trabalhos da CPI seria a limitação de competência do Legislativo Estadual para investigar fraudes relacionadas ao seguro DPVAT, em âmbito nacional. “Se todo o sistema de fraudes se inicia em nível nacional, não pode existir uma CPI sem capacidade de investigar todo o sistema, ficando restrita apenas a uma ponta da cadeia de crimes”, apontou Mesquita.
InvestigaçõesO deputado ressalta que, a partir das primeiras investigações conduzidas pela CPI do DPVAT na Casa, deduz-se que parte das fraudes no seguro podem ser estimuladas pela própria Seguradora Líder DPVAT, que reúne diversas outras seguradoras e é responsável por administrar os valores arrecadados pelo seguro.
Números“De um universo de quase R$ 8 bilhões arrecadados em seguros no País, a Seguradora Líder permite que quase R$ 1 bilhão seja deixado a títulos honorários e contratos generosos para diversas estruturas montadas, como reguladoras, escritórios e pessoas físicas”, salientou.