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Impeachment divide opinião de deputados cearenses - QR Code Friendly
Sexta, 04 Dezembro 2015 04:14

Impeachment divide opinião de deputados cearenses

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O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, afirmou, em coletiva, que Eduardo Cunha agiu em "retaliação" à atitude do PT O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, afirmou, em coletiva, que Eduardo Cunha agiu em "retaliação" à atitude do PT ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
  No dia seguinte à deflagração do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o principal assunto abordado pelos deputados estaduais cearenses foi a acolhida do pedido que estava protocolado na Câmara Federal por parte do presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB). A atitude de Cunha recebeu duras críticas, mas teve quem elogiasse. Após abrir a sessão, o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, afirmou, em entrevista coletiva, que a aceitação do pedido de impeachment seria "retaliação" ao Partido dos Trabalhadores (PT). Parecer de Cunha ocorreu no mesmo dia em que deputados petistas anunciaram que votariam contra o peemedebista no Conselho de Ética da Câmara, onde ele é investigado por suposta participação no escândalo da Lava Jato. "Até agora nada foi comprovado, mas as coisas estão sendo feitas de acordo com os atos políticos e tenho certeza de que não pode ser assim", afirmou Zezinho Albuquerque, classificando a ação de "tentativa de "golpe". O petista Elmano Freitas foi mais firme e tachou Cunha como "um bandido que virou deputado e de deputado virou presidente da Câmara". "Eduardo Cunha é alguém que deve ser banido da política brasileira. Há provas suficientes para cassá-lo. Ele tem contas bancárias com milhões na Suíça, fruto de propinas e mentiu em uma comissão da Câmara Federal, que foi sem ser convocado, negando a existência dessas contas. Por tudo isso, ele tem de ser cassado", defendeu o petista. O parlamentar assegurou não haver razão legal para o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "O processo não pode ser do jeito que o deputado Cunha quiser", criticou o deputado. Elmano Freitas ainda afirmou que, da mesma maneira que qualquer deputado não pode ser afastado simplesmente por haver discordância dos posicionamentos dele, "não se pode derrubar a presidenta porque não gostamos da forma que ela governa". Indignada A deputada Rachel Marques (PT) repetiu as palavras de Dilma e alegou estar "indignada" com a abertura do processo de impeachment. "O fundamental é que não há um fato que determine a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma. Não há ilegalidade e nenhum ilícito", defendeu. Ela avaliou que a decisão do presidente da Câmara foi tomada com base na vingança. "O PT não apoia os malfeitos comprovados de Eduardo Cunha. O governo preferiu seguir o caminho democrático e não se render a chantagem", relatou. Rachel disse ainda acreditar que o processo não passará da Câmara Federal por falta de consistência. A peemedebista Silvana Oliveira rebateu a defesa dos deputados filiados ao partido da presidente e alegou que o golpe apontado por petistas e defensores do Governo foi o mesmo aplicado por Dilma Rousseff quando, durante a campanha eleitoral, "afirmou que se outro candidato fosse eleito, os programas sociais seriam extintos e trabalhadores e aposentados perderiam seus direitos". A deputada disse que não subiria à tribuna da Assembleia Legislativa para defender Eduardo Cunha. "Se ele for culpado e ficar comprovado, que seja punido também". Agenor Neto (PMDB) reforçou a opinião da correligionária dizendo que os brasileiros foram enganados e observou que, comparando os anos de 2014 e 2015, houve queda muito pequena de despesas. Ressaltou que o corte de cargos comissionados prometido por Dilma "não saiu do papel" e que em vez de ela cortar despesas do Palácio de mais de R$ 2 bilhões, a presidente optou por cortar o recurso já escasso das Farmácias Populares. "Ela garantiu que não subiria o valor da conta de luz, da cesta básica e da gasolina e, poucos meses após a reeleição, o caos começou a se instalar. Quando se candidatou, já sabia das pedaladas fiscais e que não poderia arcar com isso, então ela é mais que responsável pela situação econômica do nosso país. O povo brasileiro perdeu as esperanças e só vejo uma saída: eleições gerais", ressaltou Agenor. Mesmo sendo do mesmo partido de Eduardo Cunha, o deputado Leonardo Araújo não fez a defesa do presidente da Câmara Federal. O parlamentar admitiu não ter coragem de defendê-lo. "O País passa por uma crise ética e moral. Estão escondendo os defeitos do governo apontando o dedo para Eduardo Cunha e ele retribui para esconder suas falhas. O povo precisa de honestidade e por isso eu apoio a saída dos dois", destacou. Explícitas Deputado estadual eleito pelo PSDB, partido arquirrival do PT, o deputado Carlos Matos avalia que o País está sendo "passado a limpo". Ele afirma que as verdades estão ficando cada vez mais explícitas e, pela gravidade dos acontecimentos recentes, se deve seguir o que diz a Constituição sobre o impeachment quando o presidente desrespeita a legislação e quando há fatores graves de desconfiança popular. "Tudo isso está acontecendo. O fato de ter sido aceito na Câmara, embora o presidente se encontre completamente descredenciado para ocupar o cargo, não tira o mérito da matéria. O que se tentou foi um acordo que não seria republicano. Vimos o presidente Lula ir a Brasília tentar fazer acordo com Eduardo Cunha para que não fosse aberto o impeachment. Esse acordo parece que não foi bem sucedido e estamos vendo o resultado". O episódio em que o ex-ministro e ex-governador do Ceará Cid Gomes criticou o presidente da Câmara e o chamou de achacador foi lembrado pelo deputado Carlos Felipe (PCdoB). "No momento em que ele (Cunha) se via derrotado na Comissão de Ética, resolveu acatar o pedido de impeachment que estava em suas mãos há mais de um mês. Isso mostra que Cid Gomes tinha razão. O que ele estava fazendo era chantagem". "O PCdoB se posiciona contra qualquer forma de golpismo. E é assim que vemos essa atitude", pontuou.
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