O secretário da Saúde do Estado, Henrique Javi, tem dois importantes compromissos em sua agenda para hoje na Assembleia Legislativa. Pela manhã, o secretário vai detalhar a aplicação do empréstimo de US$ 123 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que será votado pelos parlamentares em regime de urgência, conforme decisão do plenário na última semana. A operação de crédito visa à construção de equipamentos de saúde no Estado.
Javi vai responder aos questionamentos levantados por opositores do Governo. "Queremos saber quanto de investimentos serão destinados para cada hospital. Na mensagem não constam os valores para os hospitais", critica Agenor Neto (PMDB), apoiado pelos correligionários Audic Mota e Danniel Oliveira. Agenor tem sido crítico da gestão de saúde, especialmente pela situação do Hospital Regional de Iguatu, que fica nas suas bases eleitorais.
Segundo Audic, "ninguém na Assembleia se posicionaria contra a construção de um novo hospital, porém, antes o governo deveria garantir o custeio dos que já existem e sofrem com a falta de recursos".
Danniel Oliveira defende que o Governo deveria usar o dinheiro para colocar em funcionamento os hospitais regionais "que estão enfrentando dificuldades ou parados por falta de recursos".
Outra pauta na agenda do secretário diz respeito ao consórcio na saúde pública, que será debatido em audiência, na tarde de hoje, no complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa. A audiência acontece a pedido dos deputados do PCdoB Carlos Felipe e Augusta Brito.
Financiamento
Carlos Felipe adianta que na reunião, a ser realizada a partir das 14h, serão apresentadas propostas de melhoria no sistema atual de financiamento. "Hoje temos Policlínicas e Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), que funcionam muito bem. Diferente dos hospitais polos, como o de Iguatu, por exemplo, que apresenta dificuldade para atender à população daquele município", destaca.
Além de Javi, deve participar o secretário da Fazenda, Mauro Filho. Foram convidados representantes do Conselho Estadual de Saúde, do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado, da Coordenadoria das Regionais de Saúde e da Associação dos Municípios do Estado.
O deputado Carlos Felipe diz que os consórcios garantem regionalização do atendimento e consulta com especialistas. "O consórcio facilitou a contratação de profissionais como cardiologistas, ginecologistas, enfim, facilitou o processo de contratação", explica.